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Terrorismo

- Publicada em 23 de Março de 2017 às 15:21

Britânico inspirado pelo Islã é autor de atentado

De acordo com as autoridades, tudo indica que terrorista agiu sozinho

De acordo com as autoridades, tudo indica que terrorista agiu sozinho


DANIEL LEAL OLIVAS/AFP/JC
A polícia de Londres identificou, nesta quinta-feira, o terrorista responsável pelo ataque do dia anterior na região do Parlamento. O britânico Khalid Masood, de 52 anos, nasceu em Kent, no sudeste da Inglaterra, e estaria vivendo atualmente na região de West Midlands, no oeste do país.
A polícia de Londres identificou, nesta quinta-feira, o terrorista responsável pelo ataque do dia anterior na região do Parlamento. O britânico Khalid Masood, de 52 anos, nasceu em Kent, no sudeste da Inglaterra, e estaria vivendo atualmente na região de West
Midlands, no oeste do país.
Segundo a polícia, Masood não era alvo de nenhuma investigação em andamento e não há evidência de que ele planejava um ataque terrorista. Contudo, o homem já tinha passagem pela polícia por lesão corporal grave e posse de armas. Sua primeira condenação é de 1983, por depredação, e a última data de 2003, por posse de uma faca.
A primeira-ministra Theresa May afirmou ao Parlamento que o autor do atentado havia sido investigado anos atrás pelo serviço secreto britânico sobre preocupações com o extremismo islâmico, mas não era visto como "parte da atual investigação da inteligência".
"O que posso confirmar é que esse homem havia nascido no Reino Unido e que, há alguns anos, foi investigado pelo MI5 em relação a preocupações sobre extremismo violento", afirmou Theresa May.  Segundo ela, o agressor foi inspirado pela ideologia islâmica.
No início da tarde de quarta-feira, o suspeito avançou com o veículo, um Hyundai i40 (vendido no Brasil como New Tucson) cinza, na direção de pedestres na ponte de Westminster antes de colidir com uma grade da área externa do Palácio de Westminster. Ele saiu do carro e esfaqueou um policial na entrada do Parlamento antes de ser morto pelos policiais. O agente esfaqueado, Keith Palmer, de 48, e outros três civis morreram.
O norte-americano Kurt Cochran foi um dos pedestres atropelados na ponte. Ele estava em Londres para comemorar o 25º aniversário de casamento. A mulher dele, Melissa, quebrou uma perna e uma costela, mas passa bem, de acordo com a irmã. O casal retornaria aos Estados Unidos nesta quinta-feira.
A professora britânica Aysha Frade, de 43 anos, foi a primeira vítima identificada. Ela cruzava a ponte para buscar seus dois filhos na escola quando o carro do terrorista avançou sobre os pedestres. A quarta vítima ainda não teve a identidade revelada.
Dos 40 feridos no atentado, todos eles por causa do atropelamento, 29 foram hospitalizados. Entre eles, estão 12 britânicos, quatro sul-coreanos, dois romenos, dois gregos e três estudantes franceses. Havia ainda cidadãos de Alemanha, Polônia, Irlanda, China, Itália e Estados Unidos. Três policiais também ficaram feridos. Dois deles estão em estado grave, assim como uma mulher que caiu no rio Tâmisa.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado, afirmando que a ação foi em resposta aos ataques da coalizão liderada pelos EUA contra o grupo extremista na Síria. Também nesta quinta-feira, a polícia britânica prendeu sete pessoas em uma ação que investiga o ataque terrorista. As autoridades ainda não informaram quem são os presos e qual a relação deles com o ato. A ação ocorreu em Londres, Birmingham e outras partes do país. 
Em pronunciamento, o chefe do departamento antiterrorismo da Grã-Bretanha, Mark Rowley, afirmou que não há evidências que indiquem novas ameaças ao país e que acredita que o terrorista agiu sozinho, inspirado por outros atentados internacionais.

Homem tenta atingir pessoas com carro em Antuérpia

A polícia da Bélgica reforçou a segurança em Antuérpia nesta quinta-feira, após um carro em alta velocidade ter passado por uma rua movimentada da cidade, forçando os pedestres a correr e fugir. O motorista foi detido após uma perseguição no centro da cidade.
De acordo com o Ministério Público (MP) belga, responsável pelos processos de terrorismo e que assumiu a investigação, "trata-se de Mohamed R., nascido em 8 de maio de 1977, de nacionalidade francesa e domiciliado na França". Segundo o MP, várias armas foram encontradas no porta-malas.