Para mostrar, na prática, o que representa a distância mínima necessária para garantir a segurança de ciclistas, o Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), o coletivo Mobicidade, a Associação de Ciclistas de Porto Alegre e o Laboratório de Políticas Públicas e Sociais organizaram uma ação, nesta quinta-feira, utilizando um "respeitômetro". Acoplada à bicicleta, a estrutura marcava, na lateral, a distância de um metro e meio, prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), para os automóveis guardarem em relação aos ciclistas nas vias públicas. Usuários de bicicleta e autoridades circularam pela avenida Wenceslau Escobar, em Porto Alegre, surpreendendo motoristas que trafegavam no local.
O lançamento na Capital marcou o início de uma campanha de mobilização que pretende se estender também para outras cidades gaúchas. A ideia surgiu do grupo de trabalho que, desde 2015, estuda políticas de incentivo ao uso da bicicleta e segurança de ciclistas.
Para Pablo Weiss, da Associação de Ciclistas de Porto Alegre, nenhum acidente envolvendo ciclistas ocorreria se fosse respeitada a distância mínima. "Se pudéssemos escolher um artigo do CTB que faria diferença na vida do ciclista, seria o 201, que prevê 1,5 metro para passar pelo ciclista", reforça.