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Geral

- Publicada em 09 de Março de 2017 às 22:42

Projeto leva hábitos saudáveis a 190 mil crianças gaúchas

Para Sapiro, prevenir, apesar de complexo, é mais barato do que remediar

Para Sapiro, prevenir, apesar de complexo, é mais barato do que remediar


FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
Com 14 anos de existência, o programa Sesc Sorrindo para o Futuro, realizado pelo Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc), promove hábitos saudáveis a 190 mil crianças gaúchas dos níveis A e B e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dividido em três módulos (alimentação, atividades físicas e higiene bucal), o projeto ocorre em 246 cidades do Rio Grande do Sul, através de parcerias com as prefeituras.
Com 14 anos de existência, o programa Sesc Sorrindo para o Futuro, realizado pelo Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc), promove hábitos saudáveis a 190 mil crianças gaúchas dos níveis A e B e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dividido em três módulos (alimentação, atividades físicas e higiene bucal), o projeto ocorre em 246 cidades do Rio Grande do Sul, através de parcerias com as prefeituras.
O trabalho consiste em avaliar a saúde bucal e corporal das crianças no início do ano, passar o ano incentivando mudanças de hábito e, no final do período, refazer a avaliação. "O conceito é trabalhar com a educação e a prevenção nas escolas em relação a hábitos saudáveis, sejam na alimentação, na prática de atividades físicas regulares ou na saúde bucal", explica Mari Estela Kenner, gerente de Saúde do Sesc. As crianças são avaliadas com relação a índices de cáries, índices de nutrição, peso, altura e Índice de Massa Corporal (IMC).
No ano passado, 83 mil estudantes foram avaliados do ponto de vista da saúde bucal e 65 mil foram examinados antropometricamente. O resultado das atividades foi a redução de 41,1% na incidência de cáries nos primeiros molares permanentes, quando comparado com os dados de 2015. Em toda a boca, a presença de dentes cariados diminuiu 22,83%. O percentual de crianças com sobrepeso ou obesidade foi o mesmo em 2015 e 2016 (53%).
Para viabilizar o programa, o Sesc oferece sua metodologia e seus materiais. Os municípios entram com os profissionais das áreas de saúde e educação, como professores, dentistas, nutricionistas e educadores físicos. O resultado varia conforme o engajamento dos servidores.
"Nas cidades onde esse trabalho integrado funciona, temos resultados bons, mas é um trabalho feito a muitas mãos. É importante, por exemplo, a parceria do professor, que é o modelo do aluno em sala de aula e replica as informações, e da família, porque não adianta aprender na escola e não reproduzir o novo hábito em casa", observa Mari Estela.
A fim de estimular a parceria com os municípios, o Sesc realiza uma premiação anual, entregando troféus para as prefeituras com os melhores desempenhos daquele ano.
As cidades de São Nicolau, Mariana Moro e São Pedro da Serra foram agraciadas neste ano, na categoria até 350 alunos. Na categoria 351 a mil alunos, o prêmio foi para Caiçara, Arroio do Sal e Tucunduva. Na categoria 1.001 alunos ou mais, as vencedoras foram Balneário Pinhal, Cruz Alta e Viamão.
Na opinião do diretor regional do Sesc, Luiz Tadeu Piva, o trabalho desenvolvido pelo programa é silencioso, mas fundamental, pois implica em mudanças na vida das pessoas. "Estamos contribuindo com a formação de uma melhor autoestima e promovendo, ainda, economia aos municípios. Agregando esforços, diminuímos nossos dispêndios com a correção de problemas de saúde, ao trabalhar na prevenção", aponta.
Segundo o odontólogo e coordenador estadual do programa Sesc Sorrindo para o Futuro, Leandro Sapiro, corrigir problemas de saúde pode até ser mais simples, mas também é mais caro. "Prevenir, por outro lado, é menos oneroso ao longo do tempo, mas tem o desafio da complexidade. É muito difícil para qualquer pessoa criar novos hábitos ou modificar comportamentos equivocados. Porém, é o que buscamos fazer: tirar da zona de conforme, em prol da saúde", destaca. Conforme o profissional, crianças sedentárias e com hábitos alimentares equivocados tendem a manter os maus hábitos ao longo da vida, se tornando, muitas vezes, adultos obesos e com riscos de hipertensão.
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