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- Publicada em 07 de Março de 2017 às 22:18

Porto Seco terá desfile enxuto, anuncia Liga

Compromisso, diz Souza, é garantir que Carnaval aconteça

Compromisso, diz Souza, é garantir que Carnaval aconteça


JC
Igor Natusch
"O que menos tem se visto no Carnaval 2017 em Porto Alegre é grana." A frase do presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), Juarez Gutierres de Souza, dá o tom das dificuldades envolvidas em colocar as escolas de samba na avenida, em um ano de crise econômica e sem aportes financeiros por parte da prefeitura da Capital. Essa falta de recursos vai refletir em um desfile mais enxuto, com diminuição de cerca de 2,5 mil lugares para o público e cortes na infraestrutura.
"O que menos tem se visto no Carnaval 2017 em Porto Alegre é grana." A frase do presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), Juarez Gutierres de Souza, dá o tom das dificuldades envolvidas em colocar as escolas de samba na avenida, em um ano de crise econômica e sem aportes financeiros por parte da prefeitura da Capital. Essa falta de recursos vai refletir em um desfile mais enxuto, com diminuição de cerca de 2,5 mil lugares para o público e cortes na infraestrutura.
Ainda assim, a Liespa confirma os desfiles do Grupo Prata (no dia 24) e Ouro (25), no Complexo Cultural do Porto Seco, além da realização da muamba no próximo dia 22. A apuração acontece na tarde do dia 26, um domingo, poucas horas depois da última escola cruzar o sambódromo. A grade dos desfiles deve ser divulgada na segunda-feira.
Souza admite que o momento é "muito delicado", mas acredita que a comunidade carnavalesca de Porto Alegre "sairá vencedora" do processo. "Não termos o desfile, em uma cidade com a tradição de Porto Alegre, seria deixar de ter certeza sobre a realização nos anos seguintes. Não se discute, no momento, se deve haver aporte ou não (da prefeitura), se há ou não interesse (dos gestores municipais). Não queremos entrar nessa parte política. Nosso compromisso maior é garantir que o Carnaval aconteça."
O desfile será totalmente financiado pela iniciativa privada, sem nenhum investimento público. As limitações levaram ao licenciamento das escolas que desfilariam no Grupo Bronze, sob a promessa de manter proporcionalmente, para 2018, os valores captados neste ano. Outra consequência do baixo orçamento é o cancelamento do desfile das campeãs.
A ideia, acentua Souza, é que seja mantido o modelo de competição comum aos desfiles, com acesso e descenso de escolas - mas admite a possibilidade de modificações, na medida em que a impossibilidade de repassar recursos às agremiações dificulte a produção para os desfiles. "Nossa visão é no sentido de não cortar na carne", reforçou o presidente da Liespa, acentuando que a maioria dos recursos disponíveis irá para o custeio das escolas.
As dimensões da pista serão as mesmas dos anos anteriores, e o começo da montagem de arquibancadas e sistemas de luz e som está condicionada à assinatura do contrato com a empresa Impacto Vento Norte, que fará o serviço. De acordo com Souza, a minuta do contrato deve ser concluída nos próximos dias, sem colocar em risco os prazos para a folia. 
Para atrair o público aos desfiles, será oferecida uma modalidade popular de camarote, mais barata que os espaços tradicionais, além da manutenção das frisas e dos ingressos de arquibancada. Está sendo estudada a ampliação da capacidade nas frisas, que passariam a dar espaço a dez pessoas, ao invés das oito atuais. Será cobrada também uma entrada, no valor de R$ 5,00, para o acesso ao complexo nos dias de Carnaval - uma forma, segundo Souza, de organizar o fluxo de pessoas e garantir o interesse para os comerciantes na área de alimentação, que acabavam perdendo dinheiro pela presença de ambulantes não credenciados.
Ao todo, cerca de 9,3 mil lugares devem ser oferecidos em cada um dos dois dias. Os valores oficiais dos ingressos e os postos de venda na Capital e na grande Porto Alegre devem ser divulgados até a próxima sexta-feira. A venda ao público se inicia na semana que vem.
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