Greg�rio Salton � en�logo da Salton Greg�rio Salton � en�logo da Salton Foto: Mauro Belo Schneider/Especial/

'A loucura quem tem somos n�s, os jovens'

Gregório Salton faz parte da quarta geração da família que comanda a vinícola que leva seu sobrenome, em Bento Gonçalves. Aos 27 anos, ele trabalha como enólogo no negócio. A fim de dar continuidade e incrementar os resultados da empresa, recentemente fez um mestrado que o levou para diversas partes do mundo. Nesta entrevista, ele fala sobre essa sua preocupação com a inovação - algo que se reflete, inclusive, no que chega ao consumidor. Entre os mais recentes lançamentos da marca, por exemplo, estão a linha de vodka e de chás. Mas a tradição ainda se destaca, uma vez que os espumantes representam cerca de 40% do faturamento. A operação, presidida pelo tio de Gregório - Daniel Salton -, passa por um processo de estruturação da sucessão. Faz sentido, já que, atualmente, oito pessoas da família trabalham no local: três diretores, dois gerentes, dois enólogos e um vendedor.
Antes de assumir a função na Salton, Gregório trabalhou em outras duas vinícolas - ambas na Argentina. As experiências na Antigal Estates e na Finca Agostino foram em 2010 e 2013. "Eram empresas familiares com dimensões menores", compara ele.
GeraçãoE - Como você lida com a questão de trabalhar na empresa da família?
Gregório Salton - É supertranquilo. Apesar das diferenças de geração, de idade, a gente tem uma facilidade muito grande de troca. Meu pai, por exemplo, também é enólogo. Às vezes, eu venho com ideias mirabolantes, digo que vou fazer isso, vou fazer aquilo, e ele aceita numa boa.
GE - O que você aplica do mestrado na Salton?
Gregório - Eu estudei durante sete anos na Argentina, que é uma grande potência produtora de vinhos no mundo, e ganhei uma grande experiência de cantina. Com o mestrado, fui buscar uma visão um pouco mais global disso, uma visão um pouco mais mundial de todos esses vinhos, essas referências, essas técnicas e variações, que podem acontecer dentro de uma produção. Isso me ajudou muito a trazer para a Salton diferentes formas de fazer as coisas. Uma maneira um pouco mais moderna, de questionar "poxa, por que esse ano a gente não tenta assim? Por que a gente não tenta dessa outra maneira?". O mestrado foi em vários lugares do mundo, foram 24 países, durante 11 meses.
GE - E o que você quer dentro da empresa?
Gregório - Trilhar e chegar no segundo centenário. O objetivo é manter viva essa história de quase 107 anos, de sempre olhar para o passado com olhos de carinho, de aprendizado, porque eu realmente aprendi muito com isso. A experiência é o que eles têm, e a loucura quem tem somos nós, os jovens. Isso que é o bacana, fazer essa troca e seguir essa história por muitos anos. 
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