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Economia

- Publicada em 29 de Março de 2017 às 22:24

Participações da CEEE em consórcios somam valor estimado em R$ 1 bilhão

Geração e transmissão encontram-se em equilíbrio, afirmou Calazans

Geração e transmissão encontram-se em equilíbrio, afirmou Calazans


MARCO QUINTANA/JC
Jefferson Klein
Dentro de 90 dias, a empresa Ceres Inteligência Financeira deverá concluir uma nova avaliação quanto aos valores envolvidos nas participações do Grupo CEEE em 18 consórcios que a estatal integra. Apesar do levantamento em andamento, a companhia trabalha hoje com uma estimativa inicial que o total desses ativos, que estão disponíveis para a venda, possam somar até R$ 1 bilhão.
Dentro de 90 dias, a empresa Ceres Inteligência Financeira deverá concluir uma nova avaliação quanto aos valores envolvidos nas participações do Grupo CEEE em 18 consórcios que a estatal integra. Apesar do levantamento em andamento, a companhia trabalha hoje com uma estimativa inicial que o total desses ativos, que estão disponíveis para a venda, possam somar até R$ 1 bilhão.
A análise abrange participações em parques eólicos, complexos de transmissão de energia, hidrelétrica Dona Francisca, entre outros. Se para o futuro a empresa pensa em se desfazer de empreendimentos, no momento comemora o resultado financeiro obtido em 2016. Pela primeira vez desde 2009, o Grupo CEEE registrou lucro líquido, alcançando R$ 396,6 milhões no ano passado.
O desempenho foi puxado pela área de geração e transmissão do grupo (CEEE-GT), enquanto a distribuição (CEEE-D) continuou apresentando prejuízo. A CEEE-GT obteve lucro de R$ 923,7 milhões em 2016, contra R$ 84,9 milhões no ano anterior. Já a CEEE-D teve um resultado negativo de R$ 527,1 milhões no ano passado, em comparação a um revés de R$ 514,2 em 2015. O saldo positivo também foi conquistado através de uma ação contábil.
O lucro foi contabilizado devido à receita que ingressará a partir de julho na empresa, em consequência da medida provisória (MP) nº 579 (convertida na Lei 12.783). A MP renovou as concessões de vários agentes do setor elétrico e determinou a remuneração de ativos que não estavam amortizados. No caso do Grupo CEEE, foram reconhecidos aportes feitos na Rede Básica do Sistema Existente (RBSE). A estatal gaúcha deve se beneficiar com parcelas desses recursos, que devem totalizar algo em torno de R$ 3 bilhões (levando em conta valores a serem atualizados), durante os próximos oito anos.
O diretor financeiro do Grupo CEEE, Roberto Calazans, destaca que o segmento de geração e transmissão da empresa encontra-se hoje em equilíbrio e deve apresentar um bom desempenho também em 2017. Contudo, para o grupo como um todo fechar no positivo, sem poder lançar novamente no balanço os ganhos com a RBSE, terá que encontrar uma forma de reverter o prejuízo da área de distribuição de mais de meio bilhão. A CEEE-D vem sofrendo, entre outras dificuldades, com a redução do consumo de energia. Em 2015, a empresa enfrentou uma queda na ordem de 5,2% e no ano passado a diminuição foi de 3,8%. Para 2017, a expectativa é de que haja um pequeno crescimento.
Quanto ao outro braço do grupo, no dia 28 de abril, durante assembleia geral, será encaminhada pela CEEE-GT uma proposta de distribuição de lucros aos acionistas. Se a ideia for aceita, e a companhia tiver caixa, o limite dessa partilha será de até R$ 129 milhões. Outro plano da empresa diz respeito à sede do grupo, localizada em Porto Alegre. A ideia é repassar o imóvel da CEEE-D para a CEEE-GT como uma forma de quitar uma dívida entre as duas companhias (que hoje é da ordem de R$ 355 milhões). Calazans enfatiza que não é cogitada, atualmente, a venda da sede para um terceiro.
Para este ano, está previsto no orçamento do grupo R$ 85 milhões para pagamento de dívidas trabalhistas e, segundo o diretor financeiro, esse patamar já esteve acima de R$ 150 milhões. Em 2016, a estatal realizou um investimento de R$ 309 milhões e para 2017 a perspectiva é de um aporte de aproximadamente R$ 250 milhões.
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