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Economia

- Publicada em 28 de Março de 2017 às 19:38

A República

Delfim Netto foi ministro, embaixador e deputado federal

Delfim Netto foi ministro, embaixador e deputado federal


/VALTER CAMPANATO/abr/jc
Neste momento de pós-verdade e relativismo incontido, a pergunta sobre o que é a "verdade", como encontrá-la e se, uma vez encontrada, ela terá ainda alguma importância para o debate das políticas públicas parece completamente fora do lugar.
Neste momento de pós-verdade e relativismo incontido, a pergunta sobre o que é a "verdade", como encontrá-la e se, uma vez encontrada, ela terá ainda alguma importância para o debate das políticas públicas parece completamente fora do lugar.
Mas são questões fundamentais que devem presidir o comportamento de duas profissões: a dos que ainda creem que existe uma realidade objetiva que impõe limites e pode ser apreendida pelo método científico; e a do jornalismo honesto.
Este é muito importante para aproximar a sociedade do conhecimento "científico" que não revela a "verdade", mas poderá ajudá-la a rejeitar, pela acumulação de evidências, a "inverdade".
Por que "evidências" não convencem pessoas inteligentes? Talvez porque nossas "crenças" e "opiniões" estejam ligadas, mesmo inconscientemente, aos nossos interesses e, talvez, porque elas não são adequadamente "traduzidas" para a população pelo jornalismo honesto.
Quando o funcionário público, que conseguiu o "direito adquirido" de não ser atingido por qualquer consequência conjuntura, tem o seu salário garantido e é a única pessoa no mundo que receberá uma aposentadoria equivalente à sua remuneração na atividade (enquanto o trabalhador do setor privado perde o emprego, vê seu salário rebaixado e na aposentadoria receberá uma queda de remuneração de 30%), afirma que a Previdência Social não tem déficit com sofisticada falácia, é compreensível, mas não deveria ser crível.
Quando o líder sindical recusa qualquer forma de "terceirização", o mais provável é que apenas esteja defendendo seus "direitos adquiridos": a ineficiente unicidade sindical e o escandaloso imposto sindical!
Não tem nada a ver com a legítima e fundamental organização sindical livre e voluntária, que é o instrumento de defesa do trabalhador que civiliza o capitalismo. De novo, é compreensível, mas não deveria ser crível...
Esses dois exemplos são apenas a ponta do iceberg dos "direitos mal adquiridos", que acentuam a iniquidade que alimenta uma sociedade de baixa produtividade, imensamente injusta e que separou o estamento estatal (o grande "rentista" apropriador do excedente produtivo) do setor privado cujo trabalho o sustenta.
O conhecimento objetivo desses fatos é antigo, mas, por falta de comunicação, está longe de ser apreendido pelos "explorados".
É ao jornalismo honesto que cabe a missão de esclarecer à sociedade que é possível continuar a construir uma sociedade realmente republicana, que é o objetivo do governo de Michel Temer.
Economista, ex-deputado federal e ex-ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura
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