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Economia

- Publicada em 27 de Março de 2017 às 21:54

Randon projeta alta de 8% da receita de 2017

Economia diretor financeiro da Randon Geraldo Santa Catharina foto João Carlos Lazarotto divulgação

Economia diretor financeiro da Randon Geraldo Santa Catharina foto João Carlos Lazarotto divulgação


JOÃO CARLOS LAZZAROTTO /DIVULGAÇÃO/JC
Roberto Hunoff
A política de gestão de custos na estrutura e nos processos, associada a uma forte ação para a redução do endividamento, foi reforçada pelas Empresas Randon no ano passado de forma a adequar a organização ao novo mercado de veículos comerciais de cargas e passageiros.
A política de gestão de custos na estrutura e nos processos, associada a uma forte ação para a redução do endividamento, foi reforçada pelas Empresas Randon no ano passado de forma a adequar a organização ao novo mercado de veículos comerciais de cargas e passageiros.
Dentre as medidas, houve enxugamento do quadro em 14%, algo como 1,2 mil vagas formais a menos, fechando o ano com perto de 7,4 mil funcionários; desativação da unidade de Guarulhos (SP); redução dos investimentos em quase 75%, para pouco mais de R$ 43 milhões; e outras de natureza operacional e administrativa.
"Foi um ano de fortes ajustes, que esperamos que influenciem positivamente no exercício de 2017", definiu Geraldo Santa Catharina, diretor financeiro e de relações com investidores, durante teleconferência para a apresentação do desempenho de 2016.
A receita bruta total somou R$ 3,7 bilhões, 13,1% inferior a do período anterior, enquanto a líquida consolidada atingiu R$ 2,6 bilhões, queda de 15,3%. A divisão autopeças respondeu por 50,1% das receitas e a divisão implementos por 44,4%, enquanto os serviços financeiros representaram 5,5%. Como resultado da conjuntura adversa, a Randon apresentou lucro bruto de R$ 520,9 milhões, redução de 18,7% em relação a 2015. O prejuízo líquido, por sua vez, aumentou 172%, para R$ 67,2 milhões, o segundo consecutivo - em 2015 fora de R$ 24 milhões.
Para 2017, a empresa espera crescer 8% no faturamento bruto, para R$ 3,9 bilhões, e 7,5% na receita líquida, para R$ 2,8 bilhões. A reação deve vir, especialmente, das exportações, estimadas em US$ 240 milhões, o que representaria alta de quase 60%. Entre as iniciativas, está em andamento o projeto de viabilidade para aumentar as exportações pelo sistema CKD, enviando o produto em partes para ser montado no local de destino. A empresa também pretende investir R$ 100 milhões neste ano, e uma das intenções é retomar a construção da fábrica de Araraquara, em São Paulo. "Mas este aporte depende de haver caixa disponível", esclareceu.
Segundo o executivo, o mês de março tem se revelado bastante promissor, com aumento de cotações e encaminhamento de fechamentos de negócios. Hemerson Fernando de Souza, gerente de planejamento e relações com investidores, observou que há dois anos não se percebia algo semelhante no mercado. "Não estamos esbanjando otimismo, mas temos a confiança de que o ano será melhor." Santa Catharina complementou com a informação de que a carteira de pedidos deste início de ano é maior que a dos anteriores, mas não expôs números.
De acordo com o diretor, outro fator que deve influenciar no resultado positivo da empresa é o enxugamento da concorrência - 23 marcas deixaram de emplacar implementos nos últimos dois anos, caindo para 148 competidores. A Randon liderou o segmento com 29% de participação, três pontos de alta sobre 2015. Outro fator decisivo para a perspectiva positiva é a estimativa de uma safra de grãos com mais de 223 milhões de toneladas, que estimula a compra de veículos rebocados e caminhões, segmentos nos quais a Randon tem presença direta ou fornece autopeças.
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