Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Fraude

- Publicada em 23 de Março de 2017 às 22:38

Dezoito mercados já têm restrições à carne brasileira

Ministro Blairo Maggi criticou agentes que participaram da ação da PF

Ministro Blairo Maggi criticou agentes que participaram da ação da PF


EVARISTO SA/AFP/JC
Levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Agricultura mostra que 18 mercados já adotaram algum grau de restrição à entrada da carne brasileira após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Outros quatro mantiveram o mercado aberto, mas intensificaram a fiscalização e três apenas enviaram pedidos de informação.
Levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Agricultura mostra que 18 mercados já adotaram algum grau de restrição à entrada da carne brasileira após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Outros quatro mantiveram o mercado aberto, mas intensificaram a fiscalização e três apenas enviaram pedidos de informação.
Os dados mostram que o foco de preocupação do ministério permanece. Hong Kong e China seguem sem permitir o desembaraço aduaneiro das cargas de carne e derivados que chegam ao País. Além desses dois, suspenderam temporariamente suas importações: Chile, Argélia, Jamaica, Trinidad e Tobago, Panamá, Qatar, México, Bahamas e São Vicente de Granadina.
Por outro lado, dois importantes mercados, o Japão e a União Europeia (EU), suspenderam as compras apenas dos frigoríficos alvo da operação. Também estão nesse grupo a África do Sul, a Suíça, a Arábia Saudita, o Canadá e o Egito.
Os Estados Unidos mantiveram seu mercado aberto ao produto brasileiro, apenas reforçando os controles. A mesma coisa fizeram o Vietnã, a Coreia do Sul e a Malásia.
A Rússia, outro grande comprador de carne brasileira, enviou apenas um pedido de informações. Também fizeram isso Israel e Barbados.
Mesmo os mercados que continuam abertos não estão recebendo carne das plantas alvo da operação. Por decisão do governo brasileiro, esses frigoríficos não têm recebido licenças de exportação.
O Ministério da Agricultura divulgou também uma carta recebida da embaixada da Palestina no Brasil. Ela informa que o Ministério da Economia Nacional da Palestina confirmou que as carnes provenientes do Brasil estão "em bom estado e não representam nenhum perigo para a saúde dos consumidores. "Não há motivo para preocupação, pois o ministério está fazendo uma vistoria constante", diz a carta.
De acordo com os dados do ministério, outros 14 países importadores já teriam aceitado as explicações e revisto suspensões e bloqueios, entre eles a União Europeia e os EUA. Os americanos decidiram tomar medidas adicionais de controle das carnes importadas do Brasil.
Para tentar evitar maiores estragos às exportações brasileiras, que caíram para uma média diária equivalente a perto de 0,1% do valor de antes da operação, o ministro deu entrevista pela manhã a jornalistas estrangeiros e depois seguiu para Rio Verde (GO) onde visitou um frigorífico com integrantes do governo chinês da área de inspeção sanitária e jornalistas do país.
Maggi falou da Operação Carne Fraca da Polícia Federal. Argumentou que o problema foi burocrático e não sanitário. Ressaltou que a Polícia Federal (PF) fez um comunicado nesta semana em que diz que a operação não investigou a questão sanitária. E falou que, nesse quesito, há um controle seguro e eficiente.
O ministro criticou os agentes que participaram da ação da PF. Disse que eles não souberam identificar procedimentos normais como, por exemplo, colocar cabeça de porco nas salsichas. Isso é permitido pela lei brasileira.
No Brasil, os três frigoríficos interditados pelo Ministério da Agricultura pertencem às empresas BRF e Peccin. Na unidade da BRF de Mineiros (GO), é feito o abate de frangos, e nas plantas da Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e em Curitiba (PR) são produzidos embutidos (mortadela e salsicha).

JBS suspende produção bovina em 33 de 36 unidades durante três dias

Empresa disse que vai operar com redução de 35% da capacidade

Empresa disse que vai operar com redução de 35% da capacidade


PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS/JC
A JBS informou, nesta quinta-feira, que suspendeu, por três dias, a produção de carne bovina em 33 unidades das 36 que a empresa mantém no País. Em nota, a empresa disse que irá operar em todas as suas unidades com uma redução de 35% da sua capacidade produtiva.
"Essas medidas visam ajustar a produção até que se tenha uma definição referente aos embargos impostos pelos países importadores da carne brasileira", diz o comunicado. A companhia diz ainda que "está empenhada na manutenção do emprego dos seus 125 mil colaboradores em todo o Brasil".
A crise de imagem gerada pela Operação Carne Fraca, deflagrada no dia 18, provocou a suspensão das importações de carne por parte de diversos clientes brasileiros. As exportações caíram de uma média de US$ 63 milhões, que vinha sendo registrada por dia útil em março, para US$ 74 mil na terça-feira.