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Economia

- Publicada em 20 de Março de 2017 às 10:25

Mercado mantém projeção de maior recuo da inflação em 2017

Mercado também projheta maior queda da inflaçaõ para serviços com preços controlados

Mercado também projheta maior queda da inflaçaõ para serviços com preços controlados


KARIME XAVIER/FOLHAPRESS/JC
Analistas do mercado financeiro reduziram novamente a expectativa para o IPCA em 2017. A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central e divulgada na manhã desta segunda-feira (20), mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 caiu de 4,19% para 4,15% na segunda queda seguida. 
Analistas do mercado financeiro reduziram novamente a expectativa para o IPCA em 2017. A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central e divulgada na manhã desta segunda-feira (20), mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 caiu de 4,19% para 4,15% na segunda queda seguida. 
Para o Produto Interno Bruto (PIB), o mercado manteve a projeção de avanço de 0,48% em 2017, mesma perspectiva de um mês atrás. Para 2018, a projeção se eleva pela quarta semana. A alta passa de 2,40% para 2,50%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,30%.
A taxa Selic encerrará 2017 em 9% ao ano, indicam analistas. Para o final de 2018, a expectativa caiu de 8,75% para 8,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação.
A apuração do Banco Central mostra ligeira redução na previsão para o patamar do câmbio no fim de 2017. A mediana das estimativas caiu de R$ 3,30 para R$ 3,29. Há um mês, a expectativa estava em R$ 3,30. O câmbio médio de 2017 permaneceu em R$ 3,18 pela terceira semana ante R$ 3,20 de um mês antes. Para 2018, a moeda norte-americana é projetada em R$ 3,40 pela quarta pesquisa seguida. O câmbio médio teve redução de R$ 3,38 para R$ 3,36. Quatro semanas antes, estava em R$ 3,40.
Há um mês a previsão para o IPCA estava em 4,43% no ano. As projeções de mercado para este ano, portanto, indicam expectativa de que a inflação desacelere ainda mais se afastando do centro da meta de 4,50%. Já para 2018, o índice permaneceu em 4,50%, repetindo-se pela 34ª semana consecutiva. 
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 recuou ligeiramente de 4,21% para 4,20%. Para 2018, a estimativa do grupo permaneceu em 4,30%. Quatro semanas atrás, as expectativas desses cinco analistas estavam em 4,10% e 4,30%, respectivamente.
A inflação suavizada para os próximos 12 meses foi na direção contrária e subiu ligeiramente, de 4,54% para 4,56% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,62%. Para os índices mensais mais próximos, a estimativa para março de 2017 recuou de 0,27% para 0,25%. Um mês antes, estava em 0,35%. No caso de abril, a previsão de inflação do Focus foi de 0,44% para 0,43%, ante 0,45% de quatro semanas atrás.

BC espera alta de 5,8% para preços administrados

A pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostrou estabilidade nas projeções para a inflação dos preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado para o aumento do conjunto de preços controlados pelo poder público em 2017 seguiu em 5,50%. Quatro semanas antes, a expectativa estava em 5,64%.
Para 2018, a mediana das estimativas para o conjunto dos preços administrados caiu de 4,70% para 4,65%. Quatro semanas antes, a estimativa estava em 4,60%. Em suas projeções atuais, atualizadas na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC espera alta de 5,8% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,3% em 2018.

Projeção do IGP-DI para 2018 recuou de 4,70% para 4,61%

O relatório do Banco Central também revelou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 caiu de 4,51% para 4,34% na nona redução consecutiva. Há um mês, a expectativa estava em 4,72%. Para 2018, a projeção, recuou de 4,70% para 4,61%. Quatro semanas atrás, esse número estava em 4,70%.
Já a previsão para o IGP-M em 2017, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, recuou de 4,62% para 4,52%. Quatro levantamentos antes, estava em 4,95%. No caso de 2018, a previsão para o índice seguiu em 4,60%, ante 4,68% de um mês atrás.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 caiu de 4,46% para 4,28%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 4,70%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em 4,50% pela oitava semana consecutiva.

Alta do PIB de 2018 sobe de 2,40% para 2,50%

No mesmo relatório Focus, as projeções para a produção industrial indicaram cenário de alguma recuperação neste e no próximo ano. O avanço projetado para o setor em 2017 seguiu em 1,22%. Há um mês, estava em 1,00%. Para 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial subiu de 2,06% para 2,10% e, assim, retornou ao mesmo patamar visto há quatro semanas.
Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 subiu de 51,55% para 51,65%. Há um mês, estava em 51,45%. Para 2018, as expectativas no boletim Focus seguiram em 55,00%, mesma projeção repetida há sete semanas.
Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o superávit da balança comercial em 2017. A estimativa de saldo este ano caiu de US$ 48,70 bilhões para US$ 48,10 bilhões, ante US$ 47,30 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, a expectativa da instituição é que o saldo positivo de 2017 ficará em US$ 44 bilhões. Para 2018, os economistas do mercado projetaram superávit comercial de US$ 40,00 bilhões pela quarta semana consecutiva.
Para as transações correntes, as previsões coletadas pela pesquisa Focus para 2017 indicaram expectativa de ligeiro aumento no saldo negativo, de US$ 26,50 bilhões para US$ 26,60 bilhões. Já a expectativa de déficit externo em 2018 subiu de US$ 36,00 bilhões para US$ 37,65 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 26,50 bilhões e US$ 35,30 bilhões, respectivamente.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2017 quanto em 2018. A mediana das previsões para o IDP em 2017 seguiu em US$ 72,00 bilhões pela terceira semana seguida. Há um mês, estava em US$ 71,00 bilhões. Para 2018, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto subiu de US$ 72,00 bilhões para US$ 74,50 bilhões. Quatro semanas antes, o mercado previa entrada anual de IDP de US$ 75,00 bilhões.
A projeção do BC para este ano é de IDP de US$ 75,00 bilhões. Porém, em função do resultado positivo de US$ 11,528 bilhões para o IDP em janeiro, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que esta projeção para 2017 já é considerada conservadora pela instituição.
Com informações da Agência Estado
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