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Economia

- Publicada em 16 de Março de 2017 às 17:56

Gaúchos aprovam concessão do Salgado Filho a alemães e esperam ampliação da pista

Ampliação da pista do aeroporto é prevista há mais de uma década e está na concessão

Ampliação da pista do aeroporto é prevista há mais de uma década e está na concessão


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Patrícia Comunello
O resultado do leilão do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi arrematado pelo grupo alemão Fraport, o mesmo que administra o aeroporto internacional de Frankfurt, nesta quinta-feira (16), foi comemorado por lideranças gaúchas ligadas a empresários e usuários. Espera-se pela ampliação da pista de pouso, prevista na concessão e a obra mais cara do principal sitio aeroportuário gaúcho. A Fraport deve assumir em julho. A Infraero, estatal federal dos aeroportos, sairá da gestão. 
O resultado do leilão do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi arrematado pelo grupo alemão Fraport, o mesmo que administra o aeroporto internacional de Frankfurt, nesta quinta-feira (16), foi comemorado por lideranças gaúchas ligadas a empresários e usuários. Espera-se pela ampliação da pista de pouso, prevista na concessão e a obra mais cara do principal sitio aeroportuário gaúcho. A Fraport deve assumir em julho. A Infraero, estatal federal dos aeroportos, sairá da gestão. 
"Torci muito por ela (Fraport), não por ser alemã", declarou um efusivo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller. "Adorei", rendeu-se Müller, que já projeta perspectivas para melhorar a posição de Porto Alegre nan malha aeroviária tanto regional e nacional como no Mercosul. "Em Frankfurt, passam mais de 60 milhões de passageiros ao ano. Aqui são 8,4 milhões. É quase uma brincadeira", concluiu o dirigente industrial, sobre as diferenças nas dimensões. A Fiergs espera que Porto Alegre se transforme em um hub (conexão) para a Região Sul e Mercosul, atraindo mais voos internacionais. 
Müller também observa que o grupo alemão acalentava desde 2012 ficar com operações no Brasil, quando não teve sucesso em nenhum dos lances na disputa dos terminais de Guarulhos, Brasília e Campinas. O foco agora passa a ser a ampliação da pista, "o compromisso mais importante", disse o dirigente da federação. "Para receber aviões grandes e levar mais passageiros e cargas", justificou o industrial. O terminal de cargas, com obras paradas, tem viabilidade se a pista passar dos atuais 2.280 metros para 3.200 metros. Com maior capacidade para receber aeronaves, Müller aponta que o custo será melhor distribuído e até valores das passagens podem reduzir. 
Segundo o presidente da Fiergs, quanto mais rapidamente a concessionária fizer a obra, menor o tempo de retorno do investimento. Percalços como remoção de famílias das vilas Dique e Nazaré, que até hoje ainda não foi completada, devem estar no "cálculo deles", observou Müller, em relação a um dos itens a serem cuidados de perto. Sobre a cultura local e até as dificuldades para realizar as melhorias ao longo de mais de uma década, o dirigente industrial lembra que os alemães têm mais de mil fábricas no Brasil e "sabem bem como é aqui". Müller também avalia que não será o volume de investimento o problema. 
O presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Claudio Candiota Filho, apontou "tradição e experiência" na gestão de aeroportos da Fraport como trunfos do desfecho do leilão. Sobre alguns temores de que tarifas possam ser elevadas ou outros custos de serviços, Candiota acredita que o grupo privado vai buscar mais eficiência. Ele lembra que o Salgado Filho já tem um bom cartaz no País, figurando como um dos melhores na prestação de serviço.   
A entidade é crítica do período da concessão, de 25 anos, diferentemente dos 30 anos dos demais terminais leiloados, além do que chama de crescimento turbinado da demanda. "Que não vai ocorrer", preveniu Candiota. A situação, segundo ele, teria relação com pressões dos defensores da construção de um novo aeroporto internacional, em uma área em Portão. "Viram (alemães) possibilidade de crescimento."   
O presidente da Andep reforça que a nova extensão da pista ou mesmo a implantação de uma segunda pista são os desafios do futuro controlador. A segunda pista teria várias opções, como área em paralelo à avenida Sertório. Candiota diz que prefeitura e Câmara de Vereadores terão papel decisivo para garantir condições de operação na área. A maior preocupação é com a construção de empreendimentos com altura que afete o sítio. A Andep pretende propor a realização de uma audiência pública para apresentar o que será feito na concessão e as necessidades da infraestrutura.
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