O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, ontem, que a idade mínima de aposentadoria igual para homens e mulheres é um pleito dos movimentos que defendem os mesmos direitos para os dois gêneros. "Esse é um pleito também das mulheres há muitos anos, que é exatamente não serem tratadas de forma diferente dos homens", disse.
Para Maia, como as mulheres têm cobrado maior participação no mercado de trabalho, na política, "o equilíbrio tem que ser para tudo". Segundo o deputado, pesquisas mostram que 65% dos brasileiros aprovam essa medida.
"Há um pleito das mulheres de não serem tratadas como apêndice dos homens, então acho que na hora que o governo caminha para a reforma da Previdência, é obvio que o correto é que se caminhe para esse equilíbrio, no qual mulheres e homens tenham a mesma idade mínima", afirmou o deputado.
Esse é um dos pontos polêmicos da reforma, que divide até mesmo movimentos feministas. Há quem defenda que a equiparação é injusta, porque a realidade hoje da maioria das mulheres é de dupla jornada, ou seja, além de trabalhar fora, ela também é responsável pelos afazeres domésticos.
Há, porém, quem afirme que, como a expectativa de vida das mulheres é maior que a dos homens, essa seria uma medida plausível.