Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Indústria

- Publicada em 09 de Março de 2017 às 17:19

Atividade industrial gaúcha começa o ano em queda

Desempenho do segmento de veículos automotores recuou 23,3%

Desempenho do segmento de veículos automotores recuou 23,3%


JOS/LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI/JC
O ano começa com o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) em queda, um recuo de 3,2% em janeiro, de acordo com os dados dessazonalizados. O resultado anula os avanços obtidos em novembro e dezembro de 2016 e leva o IDI-RS de volta ao piso da série histórica, iniciada em 2003.
O ano começa com o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) em queda, um recuo de 3,2% em janeiro, de acordo com os dados dessazonalizados. O resultado anula os avanços obtidos em novembro e dezembro de 2016 e leva o IDI-RS de volta ao piso da série histórica, iniciada em 2003.
"O primeiro mês de 2017 revela que o quadro mudou, mas ainda é de muitas dificuldades para quem investe e produz neste País. As melhores notícias continuam por conta da redução no ritmo das quedas anuais e da estabilidade, ainda que de forma volátil", diz o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, ao salientar que, depois de três anos de queda, o setor industrial gaúcho "parou de piorar" e continua influenciado principalmente pelo ambiente doméstico recessivo.
O IDI-RS, divulgado pela Fiergs nesta quinta-feira, aponta que, com um grau médio de 79%, apenas a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) cresceu em janeiro: 1,7 ponto percentual frente a dezembro, feito o ajuste sazonal. É a maior ocupação desde junho de 2016 (79,5%). Já o faturamento real (-4%) caiu pelo segundo mês seguido, o mesmo ocorrendo com as compras industriais (-6,2%). As horas trabalhadas na produção recuaram 2,1%, interrompendo dois meses seguidos de aumento. O emprego, que não recuava há três meses, voltou a registrar baixa de 0,4%, assim como a massa salarial real (-0,3%).
Na comparação anual com janeiro do ano passado, o IDI-RS registrou queda de 2,2%. Porém, o desempenho é bem menos negativo do que nos inícios de 2015 (-9,8%) e de 2016 (-8,5%). À exceção da UCI (1,1 ponto percentual), todos os indicadores tiveram queda. Faturamento, horas trabalhadas e compras industriais também caíram - 7,2%, 3,3% e 0,2%, respectivamente -, assim como o emprego (-2,7%) e a massa salarial real (-1,8%).
A sequência de queda também chega a 10 dos 17 setores pesquisados no período. Veículos automotores (-23,3%), tabaco (-22,9%) e móveis (-4,6%) foram os principais impactos negativos. Já couros e calçados (7%), máquinas e equipamentos (6,3%), químicos e refino de petróleo (2%) e produtos de metal (2,4%) tiveram as influências positivas mais importantes.
Todavia, com um cenário econômico menos adverso - taxas de juros e de inflação em baixa e confiança dos empresários em alta -, o presidente da Fiergs acredita ser possível projetar alguma reação da indústria gaúcha nos próximos meses. "Mas deverá ser muito lenta e dependerá ainda do ajuste das contas públicas e das reformas estruturais", destaca Müller.

Fiergs e Fecomércio-RS promovem aproximação do setor têxtil

O potencial de negócios entre a cadeia têxtil e o varejo gaúchos reuniu o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, e o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, em Porto Alegre. As duas entidades unem esforços para integrar a produção com a demanda do varejo do setor. No Estado, 6.334 estabelecimentos industriais empregam 21.766 pessoas, conforme a Rais 2015.
"Podemos ser úteis uns aos outros, interagindo para construir um ambiente de negócios em conjunto. Temos tudo a agregar se nos reunirmos e discutirmos os pontos convergentes, inclusive, para vencer em conjunto e melhorar a situação do nosso Estado", afirmou Müller, na reunião Conexão Varejo e Indústria Têxtil, realizada na sede da Fecomércio-RS. A Fiergs trabalha como agente integrador entre os sindicatos da indústria têxtil, dando suporte para um desenvolvimento setorial.
Para Bohn, o Estado pode se tornar um grande cluster de produção e confecções. "Fizemos um estudo e percebemos que falta realmente aproximação entre as partes, e nós, como indutores do crescimento das nossas empresas, temos a obrigação institucional de promover esse encontro", complementou.
Segundo estudo da Fecomércio-RS, a falta de negócios no Rio Grande do Sul se dá, principalmente, pelo pouco conhecimento do varejo da produção industrial. Outro motivo são laços comerciais já consolidados entre os empresários do comércio com fornecedores, principalmente, de Santa Catarina e São Paulo. Conforme a pesquisa, no comércio inter-regional, em 2015, o varejo gaúcho comprou R$ 4,6 bilhões de outros estados, enquanto as indústrias locais venderam apenas R$ 1,2 bilhão da sua produção.
O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, participou do encontro e afirmou que a cadeia produtiva têxtil é um nicho de oportunidades de negócios a ser melhor aproveitado no Estado.