Diferente do comunicado feito na terça-feira pela matriz francesa, a filial brasileira da Fnac informou ontem, em comunicado, que não está saindo do Brasil. No texto, a varejista diz que iniciou um processo de busca por eventuais parceiros locais para reforçar sua operação no País. Desde o fim do ano passado, a Fnac passou a abrir lojas através da formação de joint ventures com parceiros locais para se expandir. Isso já aconteceu em países como Qatar e Marrocos.
"A operação brasileira precisa ter um tamanho crítico no sentido de ser relevante e reforçar sua posição de mercado. Devido a isso, a Fnac iniciou um processo ativo de busca de parceiro local para continuar e reforçar sua operação no País", diz o comunicado da filial brasileira.
A Fnac conta hoje com 12 lojas no Brasil, além das vendas on-line, e representa cerca de 2% da operação mundial da varejista. Há anos, a operação brasileira é deficitária, e a busca por parceiros visa melhorar a rentabilidade da rede. A recessão que atingiu o País e fez encolher a renda dos brasileiros derrubou as vendas da varejista, que comercializa livros, DVDs, CDs e eletroeletrônicos.
De acordo com um porta-voz da empresa, por enquanto, não existe nenhuma conversa em andamento no Brasil. Se nos próximos dois ou três anos não for possível formar estas parcerias, aí sim a varejista poderá encerrar suas operações no País. Uma das possibilidades seria fechar acordos com shopping centers que desejam ter uma unidade da Fnac em suas dependências. A rede já recebeu este tipo de proposta, mas não teve interesse. Agora, vai passar a olhar com mais atenção esse tipo de associação, em que o próprio shopping banca a instalação da loja.