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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Março de 2017 às 16:27

Receber à bala

Em um Brasil que esqueceu os padrões mínimos de civilidade, fica difícil determinar se a frase do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) - "Hoje, esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender. Eu vou receber a turma dele na bala" -, dirigida ao juiz Sérgio Moro, é apenas mais um capítulo do poço que o Brasil cava ao redor de si ou se é o começo de uma era um pouco mais ignorante. Mas, como o seu irmão Cid Gomes (PDT) fez ao chamar os deputados de "achacadores", Ciro mexeu nos brios de alguns parlamentares.
Em um Brasil que esqueceu os padrões mínimos de civilidade, fica difícil determinar se a frase do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) - "Hoje, esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender. Eu vou receber a turma dele na bala" -, dirigida ao juiz Sérgio Moro, é apenas mais um capítulo do poço que o Brasil cava ao redor de si ou se é o começo de uma era um pouco mais ignorante. Mas, como o seu irmão Cid Gomes (PDT) fez ao chamar os deputados de "achacadores", Ciro mexeu nos brios de alguns parlamentares.
Prende esse ladrão
Ciro nunca foi conhecido por ter algum tipo de noção ou filtro, mas as suas declarações - sempre polêmicas e que, no máximo, dão um colorido à sempre cinza política - raramente causam dano. Isso não impediu deputados de subirem à tribuna para defender o cearense ou atacá-lo. "O nosso delegado Moro e toda a nossa Justiça têm que tomar uma providência com esse cangaceiro. Esse homem já mudou de partido umas cinco vezes. É um fanfarrão, é um mentiroso, é uma pessoa que não merece respeito nenhum, e vem aqui desafiar essa entidade. Hoje, a Operação Lava Jato é o orgulho do povo brasileiro e, no entanto, ele fica ameaçando o juiz Sérgio Moro", disse o deputado federal gaúcho Mauro Pereira (PMDB), que terminou a frase com efeito: "Moro, prende esse ladrão!".
Boca suja
Houve defesa de Ciro. O deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT) puxou as armas e afirmou que é melhor uma boca suja que uma biografia imunda. "Pessoa honrada, homem público de respeito, foi prefeito, governador do Ceará, ministro da Integração Nacional e da Fazenda. Governou este País na área das finanças, sem nunca deixar cair no pé o cofre. Mãos limpas, não porque lavou. O Ciro tem as mãos limpas, porque nunca sujou as mãos, como outros fizeram, fazem e estão por aí respondendo na Lava Jato", disse. "O Ciro Gomes tem uma coragem cívica de dizer quem é, de dizer o que pensa, de falar o que sente e de transmitir o que sabe. Coragem cívica que só o dr. Brizola tinha e que o Ciro encarnou, e tem essa representatividade e essa altivez. Mais respeito. Lavem a boca antes de falar do Ciro Gomes."
Mais do mesmo
O deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM, foto) se mostra cada vez menos à vontade com o governo Michel Temer (PMDB). De entusiasta a desconfiado, Onyx diz ver mais do mesmo. "Não votei no Temer. Quem votou na Dilma (Rousseff, PT) é que votou no Temer. Meu partido é da base, e defendi internamente que apoiássemos sem ter cargos. Fui voto vencido", disse. "Sinto-me à vontade para cobrar uma atitude diferente do governo Temer, cobrar que haja transparência, que se coloque cada coisa no seu lugar e que a conta não recaia no colo dos pobres."
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