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Palácio do Planalto

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2017 às 16:44

Temer aposta em pautas positivas contra desgaste

 Michel Temer tem cumprido uma série de agendas para evitar avaliações negativas

Michel Temer tem cumprido uma série de agendas para evitar avaliações negativas


ABR/JC
Com o desgaste de imagem causado pela nomeação de Moreira Franco, o presidente Michel Temer tem cumprido uma série de agendas positivas na tentativa de reverter a avaliação negativa no mercado financeiro e na opinião pública à concessão do foro privilegiado ao aliado citado na Operação Lava Jato.
Com o desgaste de imagem causado pela nomeação de Moreira Franco, o presidente Michel Temer tem cumprido uma série de agendas positivas na tentativa de reverter a avaliação negativa no mercado financeiro e na opinião pública à concessão do foro privilegiado ao aliado citado na Operação Lava Jato.
Para um auxiliar presidencial, o governo federal deve reverter o clima de insatisfação com a decisão, evitando que ela reverbere em movimentos de rua e cause impacto no apoio da classe empresarial à administração peemedebista.
Os grupos MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua, dois dos principais organizadores das manifestações que pediram o impeachment de Dilma Rousseff, anunciaram a convocação de novas manifestações para 26 de março.
Na terça-feira, o presidente promoveu, no Palácio do Planalto, cerimônia para anúncio do calendário do saque de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Em discurso, o próprio peemedebista reconheceu que o assunto "já foi pré-apresentado no final do ano passado".
No mesmo dia, ele participou de reunião de grupos de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. Os encontros temáticos realizados fora do Palácio do Planalto não costumam ter a presença do presidente, mas apenas de auxiliares presidenciais.
Nesta quarta-feira, o governo federal organizou uma cerimônia de anúncio da liberação de milho dos estoques governamentais, um tipo de evento que costuma ser promovido no Ministério da Agricultura, não no Palácio do Planalto.
E, para hoje, foi marcada uma cerimônia para sanção de medida provisória que reforma o Ensino Médio, iniciativa sobre a qual o próprio presidente já comemorou a aprovação no Congresso Nacional em discursos públicos.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República na quarta-feira. Com a decisão, Moreira Franco garante, pelo menos temporariamente, o foro privilegiado junto à Suprema Corte.
Ele foi citado em delação da Odebrecht na Operação Lava Jato. A delação foi homologada no dia 30 de janeiro, e Moreira passou a ter foro como ministro no dia 2 de fevereiro de 2017.
O governo federal já esperava a decisão, mas receia que ela seja revertida no julgamento em plenário, ainda sem prazo para ocorrer.
Para um assessor presidencial, a presença de Alexandre de Moraes na Suprema Corte, caso seja aprovada pelo Senado Federal, poderá ser importante na conquista de uma maioria que mantenha Moreira Franco no cargo.
No cronograma de Temer, há um anúncio a ser feito: o do novo ministro da Justiça. Em sua conta no Twitter, o presidente afirmou que continuará a conversar nos próximos dias e que a escolha do titular da pasta será "pessoal".
Temer publicou, ainda, sobre o encontro com Carlos Velloso, cotado para a vaga: "Conversamos por mais de uma hora. Meu amigo há mais de 35 anos. Marcamos esse encontro diretamente".

Aumenta rejeição ao governo federal, mostra levantamento da CNT/MDA

A reprovação ao governo do presidente Michel Temer aumentou sete pontos percentuais de outubro para cá, segundo pesquisa realizada pelo instituto MDA por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). No total dos entrevistados, 44% avaliam de forma negativa a administração do peemedebista (eram 37% em outubro); 39% consideram regular (eram 36%); e 10% avaliam como positiva (contra 15% no levantamento anterior).
Nos cenários para 2018, divulgados nesta quarta-feira, o destaque é a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todas as simulações, inclusive de segundo turno.
O índice de reprovação a Temer vem crescendo desde sua posse. Em junho, eram 40% os que reprovavam o presidente, depois subiu para 51% e, agora, chega a 62%. A aprovação caiu de 34% em junho para 32% em outubro e para 24% na pesquisa deste mês.
As intenções de voto espontâneo em Lula subiram de 11,4% para 16,6%. Jair Bolsonaro (PSC) subiu de 3,3% para 6,6% e aparece em segundo. Todos os demais nomes mencionados tiveram queda em seu percentual. Aparecem, em sequência: Aécio Neves (PSDB), com 2,2%; Marina Silva (Rede), com 1,8%; Michel Temer (PMDB), com 1,1%; Dilma Rousseff (PT), com 0,9%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 0,7%; e Ciro Gomes (PDT), com 0,4%.
Lula lidera em todos os três cenários propostos para o primeiro turno com percentuais de 30,5% a 32,8%. Marina Silva e Jair Bolsonaro aparecem nos três cenários, enquanto Aécio Neves e Geraldo Alckmin são apontados como candidatos do PSDB. Marina, Bolsonaro, Aécio e Alckmin aparecem empatados tecnicamente, pela margem de erro, em todos os cenários. Marina varia entre 11,8% a 13,9%. Bolsonaro vai de 11,3% a 12%. Aécio varia de 10,1% a 12,1%. Alckmin tem 9,1% no cenário em que seu nome foi apresentado.