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Opinião

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2017 às 14:58

Corrupção atrasa o desenvolvimento

Lendo o editorial do Jornal do Comércio, edição de 13/02/2017, é possível fazer uma análise do mesmo tema, mas por outra ótica. Não diria que a provável causa da crise política vivenciada na atualidade seja por desagregação social vinda de "cima para baixo nos poderes" constituídos causando "uma metástase no tecido social", em referência à ocorrência de insegurança pública no ES.
Lendo o editorial do Jornal do Comércio, edição de 13/02/2017, é possível fazer uma análise do mesmo tema, mas por outra ótica. Não diria que a provável causa da crise política vivenciada na atualidade seja por desagregação social vinda de "cima para baixo nos poderes" constituídos causando "uma metástase no tecido social", em referência à ocorrência de insegurança pública no ES.
Na experiência de gestão púbica como secretário municipal, após uma vida dedicada à iniciativa privada e por anos atuando como advogado e professor universitário, percebo e, portanto, afirmo que o problema não está na vertical da menor para maior da base piramidal desta sociedade. O problema está justamente na base. Pessoas que se rogam puras, ingênuas ou honestas é que são a verdadeira causa e consequência do que se vê nas altas cúpulas.
O representante é escolhido entre seus pares, originado na mesma cultura e parametrização ética dos representados. Os denunciados pelas autoridades são normalmente os mesmos. A cidadania está sim doente e não pelo detentor do poder.
O poder corrompe somente a quem é corruptível. Diariamente, na atuação de um administrador púbico, este é assediado por seus administrados. A maioria busca apenas vantagem pessoal. Alguns acreditam que por ser público é de ninguém, ou de todos. Assim, a vantagem pessoal seria inerente. Acreditar que leis podem mudar a cultura é algo quase inocente. A Lei da Transparência é a maior prova disso. Hoje, sequer é lembrada, as pessoas não a conhecem nem se apropriaram de seu texto. Talvez fosse esse o começo da solução mais profunda no viciado sistema do "ganha, ganha", no qual, para a maioria, não importa o quanto se desvia, desde que "me favoreça".
A Lei da Transparência é abrangente, poderia ainda ser melhorada. Mas para isso seria necessário que a lei representasse a cultura e a ética da maioria, e não apenas de quem a elaborou. Honestidade e transparência no agir devem começar de baixo, para então elevarem-se ao poder e, assim, ter representantes políticos menos envolvidos com o poder e mais comprometidos com o povo.
Professor de Direito Empresarial, secretário de Desenvolvimento Sustentável de Santa Rosa/RS
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