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Opinião

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2017 às 16:42

Autorregulação de quem?

As teorias liberais são sempre criticadas pela crença que o mercado se autorregula de forma eficiente. Ironiza-se sobre invisibilidade da "mão invisível", não entendendo que se trata de uma metáfora para explicar um mecanismo complexo. O mercado não pode ser deixado sozinho, no "capitalismo selvagem" acabaria se impondo "a lei do mais forte", "vivemos em sociedade e, portanto, precisa de regras", "se não seria uma bagunça" etc. Na verdade, nunca nenhum autor afirmou que o mercado é perfeito e que não tem regras, mas fato é que nesta ignorância se baseia toda a justificativa do intervencionismo para corrigir as "falhas de mercado".
As teorias liberais são sempre criticadas pela crença que o mercado se autorregula de forma eficiente. Ironiza-se sobre invisibilidade da "mão invisível", não entendendo que se trata de uma metáfora para explicar um mecanismo complexo. O mercado não pode ser deixado sozinho, no "capitalismo selvagem" acabaria se impondo "a lei do mais forte", "vivemos em sociedade e, portanto, precisa de regras", "se não seria uma bagunça" etc. Na verdade, nunca nenhum autor afirmou que o mercado é perfeito e que não tem regras, mas fato é que nesta ignorância se baseia toda a justificativa do intervencionismo para corrigir as "falhas de mercado".
Agora, veja como funciona bem o Estado: corrupção, ineficiência, privilégios, lentidão etc. O Judiciário investiga, a sociedade propõe mudanças e quem deveria aprová-las são eles mesmos! Eles fazem a legislação, a aplicam, a descumprem e uma eventual mudança depende deles. É a política que se autorregula, é aqui que vigem "a lei do mais forte" e a insegurança jurídica. É o "Deus Estado" onisciente, onipotente e, obviamente, sempre bem-intencionado.
No passado, a política tinha um concorrente: a Igreja Católica. Às vezes em harmonia, às vezes em concorrência, às vezes em conflito, era um equilíbrio precário, mas ninguém tinha o monopólio de fazer o que bem queria. Da Idade Média à Revolução Industrial, uma nova classe veio à tona: a burguesia. O poder econômico fez frente entre Deus e as armas. Precisava controlá-lo imediatamente.
O golpe final veio com Roosevelt: destruiu os chamados "monopólios" (Rockfeller, Vanderbilt, Carnegie e Morgan) e criou o Antitrust para manter as empresas pequenas (e não para proteger o mercado). Os senhores da economia foram domados, o Estado se assegurou das "rédeas do sistema", com direito de se autorregular.
Como já falou Millôr Fernandes: "Isto sim é um Congresso eficiente! Ele mesmo rouba, ele mesmo investiga, ele mesmo absolve".
Professor Ibmec-MG
 
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