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Internacional

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2017 às 17:33

Presidente retoma guerra às drogas

Acabou a trégua nas Filipinas. Nesta terça-feira, o presidente Rodrigo Duterte anunciou que a polícia voltará a "neutralizar" traficantes de drogas e usuários que se neguem a se entregar ao programa de reabilitação. "Neutralizar", segundo grupos de direitos humanos, é um eufemismo para matar. O presidente declarou várias vezes que a polícia pode atirar para matar em "confrontos legítimos". No mesmo discurso, ameaçou policiais que se envolverem em casos de corrupção: "Não se surpreendam se eles começarem a ser mortos um por um".
Acabou a trégua nas Filipinas. Nesta terça-feira, o presidente Rodrigo Duterte anunciou que a polícia voltará a "neutralizar" traficantes de drogas e usuários que se neguem a se entregar ao programa de reabilitação. "Neutralizar", segundo grupos de direitos humanos, é um eufemismo para matar. O presidente declarou várias vezes que a polícia pode atirar para matar em "confrontos legítimos". No mesmo discurso, ameaçou policiais que se envolverem em casos de corrupção: "Não se surpreendam se eles começarem a ser mortos um por um".
Desde 1 de julho do ano passado, quando Duterte tomou posse, a chamada "guerra às drogas" causou 7.076 mortes. Desse total, 2.551 foram atribuídas à polícia e 3.603, a grupos de extermínio. No mesmo período, morreram em ação 35 policiais e três militares.
Os dados são de até 31 de janeiro, última atualização disponível. Apesar da declarada pausa no combate policial, jornalistas em Manila continuaram reportando assassinatos por esquadrões da morte.
As penas de prisão para tráfico nas Filipinas podem superar 40 anos, em cadeias cuja superlotação foi agravada desde que começou a guerra às drogas. O Congresso está discutindo a volta da pena de morte para crimes relacionados ao tráfico de entorpecentes.
Eleito sob a promessa de varrer do país as drogas - a mais disseminada é a metanfetamina, chamada lá de shabu -, Duterte havia anunciado em janeiro a dissolução do grupo especial de combate a drogas ilegais (Aidg, na sigla em inglês) e a intenção de "limpar a organização de membros corruptos".
A medida seguiu-se ao sequestro e morte, por policiais, de um empresário sul-coreano, Jee Ick-joo. Segundo o Departamento de Justiça, policiais o estrangularam e extorquiram a família por resgate fingindo que ele estava vivo. Além do caso de Jee, há várias acusações contra policiais por extorsão, plantação de provas, roubos e assassinatos ilegais. A extorsão de suspeitos foi tema do filme mais recente do diretor filipino Brillante Mendoza, cuja protagonista ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes no ano passado.
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