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Internacional

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2017 às 16:43

Decreto de Trump ameaça segurança, afirmam ex-secretários de Estado

Desde sexta-feira, estrangeiros aproveitam 'janela' para entrar no país

Desde sexta-feira, estrangeiros aproveitam 'janela' para entrar no país


WIN MCNAMEE/AFP/JC
Em um esforço para manter a suspensão do decreto que veta a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de países de maioria muçulmana, os ex-secretários de Estado Madeleine Albright e John Kerry e o ex-diretor da CIA Leon Panetta afirmam, em documento enviado à Corte de Apelações, que a decisão de Trump põe em risco a segurança nacional e as tropas do país.
Em um esforço para manter a suspensão do decreto que veta a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de países de maioria muçulmana, os ex-secretários de Estado Madeleine Albright e John Kerry e o ex-diretor da CIA Leon Panetta afirmam, em documento enviado à Corte de Apelações, que a decisão de Trump põe em risco a segurança nacional e as tropas do país.
Na carta, Albright, Kerry, Panetta e outros sete altos funcionários dos governos Clinton, Bush e Obama dizem reconhecer que os EUA enfrentam "ameaças reais de redes terroristas" e devem tomar "todos os passos prudentes e efetivos para combatê-las, incluindo o veto à entrada de pessoas". "Não estamos cientes, no entanto, de nenhuma ameaça específica que possa justificar a proibição estabelecida pelo decreto de 27 de janeiro", diz o texto.
O decreto veta a entrada, por 90 dias, de qualquer cidadão de sete países que representariam ameaça terrorista (Síria, Iraque, Irã, Iêmen, Líbia, Somália e Sudão). O texto também proíbe a admissão de refugiados por 120 dias.
"O decreto vai reforçar a propaganda do Estado Islâmico e servir à sua mensagem de recrutamento ao alimentar a narrativa de que os EUA estão em guerra contra o Islã. Vai atrapalhar as relações com as comunidades que nossos profissionais de segurança precisam para conter a ameaça", diz o documento, ressaltando, ainda, "um prejuízo no longo prazo para a nossa segurança nacional e os interesses de política externa, pondo em risco tropas norte-americanas em serviço e quebrando parcerias em contraterrorismo".
O Departamento de Justiça pretende apresentar novas provas à 9ª Corte Federal de Apelações, sediada em São Francisco, de que a proibição é necessária para proteger os EUA de ameaças terroristas. Na madrugada de domingo, a Corte manteve a liminar concedida pelo juiz federal James Robart, de Seattle, que derruba o decreto. Desde a noite de sexta-feira, cidadãos dos países que tinham sido barrados, mesmo com vistos, correram para tentar embarcar para os EUA. Ainda não há um levantamento sobre quantas pessoas foram beneficiadas com a "janela" aberta pela liminar.
 
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