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Estados Unidos

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2017 às 17:38

Viajantes aproveitam brecha

Cidadãos com vistos de sete países majoritariamente muçulmanos, que foram rejeitados pelos Estados Unidos devido à proibição de viagens do presidente Donald Trump, esperam seguir para o país por meio de uma janela aberta pela contestação legal à medida contra a imigração. O tribunal federal de apelações em San Francisco negou o recurso do governo Trump para imediatamente restabelecer a proibição de entrada de imigrantes de Iraque, Síria, Sudão, Líbia, Iêmen, Irã e Somália já na manhã de ontem. Por ora, o veto à imigração permanece bloqueado por uma ordem de restrição temporária emitida pelo juiz do Tribunal Federal de Seattle James Robart.
Cidadãos com vistos de sete países majoritariamente muçulmanos, que foram rejeitados pelos Estados Unidos devido à proibição de viagens do presidente Donald Trump, esperam seguir para o país por meio de uma janela aberta pela contestação legal à medida contra a imigração. O tribunal federal de apelações em San Francisco negou o recurso do governo Trump para imediatamente restabelecer a proibição de entrada de imigrantes de Iraque, Síria, Sudão, Líbia, Iêmen, Irã e Somália já na manhã de ontem. Por ora, o veto à imigração permanece bloqueado por uma ordem de restrição temporária emitida pelo juiz do Tribunal Federal de Seattle James Robart.
Na sexta-feira, uma decisão de Robart suspendeu temporariamente o decreto. A medida foi tomada após os procuradores-gerais dos estados de Washington, onde fica Seattle, e Minnesota pedirem uma liminar contra o veto. Segundo o procurador-geral de Washington, Bob Ferguson, o decreto anunciado em 27 de janeiro é discriminatório e inconstitucional e está prejudicando moradores e empresas, como as tecnológicas Amazon, Expedia e Microsoft.
No sábado, via Twitter, Trump criticou a liminar. "A decisão deste pseudojuiz, que essencialmente tira do nosso país o cumprimento da lei, é ridícula e será derrubada!"
Enquanto isso, associações de direitos humanos alertam para que retidos no exterior por conta do decreto retornem o mais rápido possível, e manifestantes mantêm a pressão, reunindo-se em diversas cidades para protestar contra a proibição. Advogados e intérpretes voluntários fazem plantão em aeroportos para o caso de qualquer coisa dar errado com recém-chegados.
A advogada Renee Paradis estava dentro do Terminal 4 do aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, oferecendo ajuda. Ela e outros voluntários carregam placas feitas à mão em árabe e farsi nas quais se lia: "nós somos advogados, estamos aqui para ajudar. Não somos do governo". "Todos estamos apenas esperando para ver o que realmente acontece e quem consegue passar", disse ela.
Algumas pessoas tiveram que fazer escolhas difíceis. Uma família iemenita vinda do Egito deixou dois de seus quatro filhos para trás. O pai e dois filhos são cidadãos norte-americanos, e a mãe tem um visto de imigrante, mas os outros dois filhos ainda não têm seus papéis. "Eles simplesmente não querem arriscar esperar", afirmou a mãe.
Funcionários do aeroporto do Cairo disseram que um total de 33 migrantes do Iêmen, da Síria e do Iraque embarcaram em voos para os Estados Unidos. As autoridades disseram que os 33 não haviam sido rejeitados anteriormente e estão correndo para aproveitar a janela oferecida pela disputa judicial.
Apesar da suspensão da proibição de viagens, algumas companhias aéreas retomavam lentamente os embarques dos viajantes dos sete países afetados. A Royal Jordanian Airlines, que opera voos diretos de Amã para Nova Iorque, Chicago e Detroit, disse que retomaria o transporte de pessoas dos sete países desde que apresentassem um visto ou green card válido.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano disse que as companhias aéreas que operam em Beirute começaram a permitir o embarque de pessoas que haviam sido afetadas pela proibição. Beirute não tem voos diretos para os EUA, por isso os viajantes geralmente passam pela Europa.
 

Republicanos querem reverter reforma da Lei Dodd-Frank

Congressistas do Partido Republicano estão planejando reverter a reforma da Lei Dodd-Frank, ainda nesta semana, na sequência de um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pede por uma revisão mais ampla das leis da era Obama.
O presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, Jeb Hensarling, que tem trabalhado em um pacote para desfazer partes da Lei Dodd-Frank, espera revelar seu plano em poucos dias.
A Lei Dodd-Frank foi criada na esteira da crise financeira de 2008, quando democratas controlaram o Congresso e a Casa Branca com o objetivo de evitar um novo colapso econômico. Republicanos e críticos da indústria dizem que a regra estabelece regulamentações onerosas que penalizam as companhias financeiras de forma desnecessária e limitam as opções de consumidores para produtos financeiros.
Aprovar a lei em uma Câmara controlada por republicanos será fácil. O desafio mais difícil é no Senado, onde a maioria dos projetos precisam ter pelo menos 60 votos de 100 para avançarem. Os republicanos têm 52 acentos no Senado.
Os democratas podem concordar com pequenas mudanças na legislação, como o abrandamento de regras para bancos comunitários e cooperativas de crédito, mas podem se recusar a reverter as restrições mais significativas, como a revogação da regra Volcker, que restringe a forma em que os bancos investem depósitos de contribuintes.

Sobre Putin, Trump diz que país tem 'muitos assassinos'

O presidente dos EUA, Donald Trump, comparou o país ao regime autoritário do presidente russo Vladimir Putin em entrevista à Fox News e disse que os Estados Unidos "têm muitos assassinos".
Em conversa exibida na noite de ontem, o entrevistador Bill O'Reilly perguntou a Trump se ele respeita Putin. O líder norte-americano disse que sim, mas que respeitar não significa que ambos terão uma relação amigável.
"Eu diria que é melhor se dar bem com a Rússia do que não. E, se a Rússia nos ajuda a lutar contra o Estado Islâmico, que é uma grande luta, e contra o terrorismo ao redor do mundo, é uma coisa boa", disse. "Se eu vou ter uma relação amigável com ele? Não tenho ideia."
O apresentador pressionou Trump, lembrando que Putin é conhecido por ter tido vários de seus inimigos assassinados. "Há muitos assassinos. Nós temos muitos assassinos. O que você acha? Nosso país é tão inocente?", respondeu.