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JC Logística

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 21:58

Petroleiros vão à Justiça contra a venda de área do pré-sal para a Statoil

Carcará foi o primeiro campo vendido pela Petrobras no plano de desinvestimento

Carcará foi o primeiro campo vendido pela Petrobras no plano de desinvestimento


AG/DIVULGAÇÃO/JC
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) pediu na Justiça a suspensão da venda da área de Carcará, da Petrobras, à companhia norueguesa Statoil. O negócio foi fechado em julho por US$ 2,5 bilhões.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) pediu na Justiça a suspensão da venda da área de Carcará, da Petrobras, à companhia norueguesa Statoil. O negócio foi fechado em julho por US$ 2,5 bilhões.
A ação joga ainda mais incertezas sobre o plano de desinvestimento da Petrobras, iniciado em 2015, e hoje com cinco operações suspensas pela Justiça de Sergipe, além de questionamentos no TCU (Tribunal de Contas da União).
Em seu pedido, a FUP argumenta que o preço pago por Carcará não corresponde ao real valor das reservas de petróleo existentes no campo. A área foi a primeira do pré-sal vendida pela Petrobras. "A Statoil pagou um preço menor do que o de banana", afirmou o advogado responsável pela ação, Eduardo Abreu.
Considerando uma estimativa média de 1 bilhão de barris, a Statoil pagou US$ 2,50 por barril. O valor já havia sido questionado pela Federação Brasileira de Geólogos. A ação da federação pede liminar para suspender os efeitos da negociação, com multa diária de R$ 1 milhão por descumprimento da decisão. Ainda não houve, porém, um decisão da Justiça.
No dia 9 de fevereiro, a Justiça Federal de Sergipe suspendeu a venda da NTS (Nova Transportadora do Sudeste), subsidiária da Petrobras que controla a malha de gasoduto da região Sudeste do País.
A operação de venda foi a maior do plano de desinvestimentos da estatal, atingindo o valor de US$ 5,2 bilhões. A compradora foi a empresa canadense Brookfield.
As outras operações bloqueadas pela Justiça são a venda da rede de postos de combustível BR Distribuidora e de campos de petróleo no Nordeste, ainda em negociação, e dos campos de Baúna e Tartaruga Verde e do complexo petroquímico de Suape, já em fase de conclusão.
Outras negociações foram suspensas em dezembro do ano passado por determinação do TCU, que pediu à Petrobras uma revisão no modelo de venda de ativos.
Com o plano de desinvestimentos, a Petrobras prevê captar US$ 34,6 bilhões até 2019, sob o argumento de que precisa desses recursos para reduzir o elevado endividamento da empresa. Até o final de 2016, a Petrobras já havia concluído operações de desmobilização de ativos no valor de US$ 13,6 bilhões, incluindo os recursos da venda questionada da NTS.
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