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JC Logística

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 21:31

Preço do seguro de carro no Rio quase triplicou em cinco anos

Incidência mais alta de roubo em 25 anos é um fator do encarecimento

Incidência mais alta de roubo em 25 anos é um fator do encarecimento


PABLO JACOB/AGÊNCIA O GLOBO/JC
O preço médio do seguro de carro quase triplicou no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos. De acordo com pesquisa da Bidu Corretora, um morador de São Conrado, por exemplo, pagou em média R$ 1.543,29 pela apólice em 2013. Em 2017, o valor médio saltou para R$ 3.895,15, ou seja, 152% a mais, um dos maiores do estudo.
O preço médio do seguro de carro quase triplicou no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos. De acordo com pesquisa da Bidu Corretora, um morador de São Conrado, por exemplo, pagou em média R$ 1.543,29 pela apólice em 2013. Em 2017, o valor médio saltou para R$ 3.895,15, ou seja, 152% a mais, um dos maiores do estudo.
O valor é referente ao primeiro contrato, ou seja, quando o cliente entra na seguradora, e não quando renova, momento em que as empresas costumam dar descontos conforme o comportamento do contratado durante o ano anterior.
Para a pesquisa, a corretora colheu dados de 20 bairros do Rio, com base em um motorista de 40 anos, casado, com habilitação desde os 18 anos, vaga no prédio onde mora e no trabalho e um Gol 1.0 flex, com quatro portas. A distância percorrida da casa ao trabalho seria de 25 quilômetros.
De 2013 para cá, houve queda nos preços apenas em 2014, de 7,28% em média. Depois, os preços só subiram. Segundo a coordenadora de marketing da empresa, Marcella Ewerton, o aumento é causado por vários fatores econômicos, mas o principal influenciador é o risco de segurança da região. "Várias mudanças aconteceram nesse intervalo de tempo, tanto na economia quanto nos indicadores que as seguradoras levam em conta para precificar o seguro", diz Marcela. "Porém fatores como índice de roubo e furto e acidentes mais elevados podem contribuir para um seguro mais caro."
Anderson Silva tem 34 anos e é analista de informações. Ele comprou um Honda Fit em 2013 e fechou um seguro em 2014 e 2015, mas em 2016 não renovou, porque o preço subiu 15%, para cerca de R$ 2.300,00. O rapaz, que mora no bairro Engenho Novo, começou a planejar trajetos, sempre curtos e o mais seguro possível: "Passei o ano de 2016 escolhendo horários para sair de casa, normalmente na parte do dia. Procurava caminhos já conhecidos e não estacionava na rua, só em estacionamento mesmo. O carro está com tudo em dia, mas, infelizmente, por conta do valor do seguro, eu não tive condição de renovar".
Neste ano, Silva não fez a cotação para o seguro, mas a previsão é a mesma: aumento de preços. De acordo com a Bidu, a média do bairro é de R$ 4.737,67. E o valor do seguro de carro ainda pode subir neste ano, em média, 73,15% frente a 2016 na hora da renovação. Para novos contratos, o custo pode dobrar. De 2016 para 2017, houve crescimento de roubos e furtos no estado e na cidade do Rio.
"Em 2016, tivemos a incidência mais alta de roubo de automóveis em 25 anos: 41.704 casos. Provavelmente, esse número interferiu diretamente nos preços de 2017, afirma Marcella. "As cotações mais caras foram encontradas no bairro Recreio: R$ 4.929,63 (contratos novos) e R$ 3.414,10 (renovação). Em 2016, os preços eram R$ 2.535,37 e
R$ 2.110,31, respectivamente.
Marcella acredita que o mercado de seguros está mudando para atender diferentes tipos de público, inclusive os que querem pagar menos para proteger o carro. Uma alternativa, diz, são os seguros modulares, nova modalidade na qual o dono do carro pode excluir serviços, como assistência 24 horas, para reduzir o valor:
"Algumas medidas podem diminuir o risco e, portanto, baratear o seguro. Por exemplo, parar o carro em estacionamento ou garagem fechada em vez de parar na rua, instalar dispositivos de segurança e não se envolver em acidentes. Pode-se também optar por um seguro não compreensivo, apenas para roubo e furto, ou por seguro popular."
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