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Política

- Publicada em 10 de Janeiro de 2017 às 19:51

Prefeito promete buscar patrocínios para o Carnaval

Carlos Villela
Em reunião no Paço Municipal com a Liga Independente de Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) disse ontem que a complexidade da situação financeira da prefeitura da Capital o deixa diante de "escolhas de Sofia", precisando determinar repasse de verbas com mais cuidado. O prefeito afirmou que as dívidas deixadas por administrações anteriores beiram as centenas de milhões de reais, e que sua decisão de não bancar o Carnaval não é por vontade pessoal.
Em reunião no Paço Municipal com a Liga Independente de Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) disse ontem que a complexidade da situação financeira da prefeitura da Capital o deixa diante de "escolhas de Sofia", precisando determinar repasse de verbas com mais cuidado. O prefeito afirmou que as dívidas deixadas por administrações anteriores beiram as centenas de milhões de reais, e que sua decisão de não bancar o Carnaval não é por vontade pessoal.
Contudo, devido às queixas da impossibilidade de as escolas levantarem R$ 7 milhões em um período tão curto, Marchezan se comprometeu a agir diretamente com a recém-criada Secretaria de Parcerias Estratégicas e seu titular, Bruno Vicente Backer Vanuzzi, para contatar empresários e possíveis investidores para garantir a verba para repassar às escolas. "Se vocês quiserem, a partir de amanhã, já pegamos o telefone e fazemos as ligações", propôs.
Além do presidente da Liespa, Juarez Gutierrez de Souza, a reunião contou com representantes de escolas de samba, o secretário municipal de Cultura, Luciano Alabarse, o secretário-adjunto da pasta, Eduardo Wolf, o secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, e o secretário-adjunto de Parcerias Estratégicas, Fernando Dutra.
Na reunião, Souza disse que, embora a noção de que destinar recursos prioritários pra investimento em saúde, educação e segurança tenha apelo, ela não é tão simples. Segundo o presidente da Liespa, é muito importante considerar o que chama de "cadeia produtiva do Carnaval", que envolve prestações de serviço e vínculos empregatícios. Ele também aponta que grande parte do valor repassado às escolas de samba retorna à cidade.
Robson Machado Dias, presidente da Estado Maior da Restinga, afirmou que saía da reunião "triste, mas de coração acalentado" pela atitude da prefeitura em tomar a dianteira na busca de patrocínio.
Alabarse se prontificou para conversar com todos os representantes de escolas de samba em qualquer momento durante a semana, e repassar informações dos contatos com investidores.
De acordo com Dias, o modelo ideal de administração e condução do Carnaval porto-alegrense é através da independência e autogestão do evento por parte das escolas e da Liespa, citando o exemplo do Carnaval de Uruguaiana, que funciona nesse modelo e começa a vender ingressos em agosto.
Dias complementa que é importante a participação da administração municipal na questão da valorização social e financeira do Carnaval como evento cultural, mas que um modelo mais independente faz com que as escolas possam ganhar mais dinheiro e desonerar a prefeitura.
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