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Política

- Publicada em 03 de Janeiro de 2017 às 17:52

Presidente do STJ mantém Palocci na prisão

Para Laurita Vaz, sociedade quer que Judiciário seja firme contra crimes

Para Laurita Vaz, sociedade quer que Judiciário seja firme contra crimes


GUSTAVO LIMA/STJ/DIVULGAÇÃO/JC
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou novo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso preventivamente na 35ª fase da Operação Lava Jato, desde 26 de setembro.
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou novo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso preventivamente na 35ª fase da Operação Lava Jato, desde 26 de setembro.
A defesa de Palocci pediu que fosse reconsiderada a decisão do ministro Felix Fischer, relator da Lava Jato no STJ, que negou pedido de liminar para colocar o ex-ministro em liberdade. As informações foram divulgadas no site do STJ.
Nesse novo pedido, a defesa de Palocci voltou a afirmar que a prisão preventiva é "desprovida de justa causa" e questionou os argumentos para a manutenção da custódia cautelar, como a possibilidade de destruição de provas, a necessidade de garantia da instrução criminal e o risco de fuga. Palocci é defendido pelos criminalistas José Roberto Batochio e Guilherme Batochio.
Eles rechaçam a versão da Polícia Federal de que o ex-ministro atendia por "Italiano" - apelido encontrado nas planilhas de propinas da Odebrecht, uma das empreiteiras envolvidas nos desvios de recursos da Petrobras.
Na decisão, Laurita Vaz ressaltou que o habeas corpus é meio processual próprio para impugnar lesão ou ameaça ao direito de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Em razão de seu rápido processamento, "a suposta ilegalidade deve ser demonstrada documentalmente, prescindindo de aprofundada incursão na seara probatória, incompatível com a estreiteza do rito".
"Se, de um lado, a segregação cautelar é uma medida extrema, que deve ser invocada com parcimônia, de outro lado, a sociedade espera que o poder público, notadamente o Judiciário, adote medidas firmes e proporcionais contra condutas criminosas que atentem seriamente contra a estrutura do Estado e suas bases de estabilidade", afirmou.
A ministra ressaltou que o caso em análise "não é ordinário", pois "trata-se de apuração de crimes contra o erário, cujos supostos autores - empresários de grandes corporações e agentes públicos do mais alto escalão do governo federal - se organizaram para desviar valores astronômicos, implicando prejuízos incomensuráveis à sociedade brasileira".
A presidente do STJ lembrou que a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e recebida pelo juiz federal Sérgio Moro acusa Palocci e seu ex-assessor Branislav Kontic por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
 
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