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Opinião

- Publicada em 10 de Janeiro de 2017 às 18:26

Aprendendo a aprender

Quando eu comecei a trabalhar formalmente, ali pelo ano 2000, tinha o costume de grudar nos caras mais velhos, que obviamente sabiam mais que eu, para ver se absorvia toda aquela sabedoria e experiência deles. Mas percebi que esse não era o comportamento da maioria dos jovens da minha época.
Quando eu comecei a trabalhar formalmente, ali pelo ano 2000, tinha o costume de grudar nos caras mais velhos, que obviamente sabiam mais que eu, para ver se absorvia toda aquela sabedoria e experiência deles. Mas percebi que esse não era o comportamento da maioria dos jovens da minha época.
Os millenialls - aquela geração que era muito jovem pro LP e muito velha pro CD - agora já são trintões. E aquele comportamento, que em época de pleno emprego era de autossuficiência, se transformou em frustração. São pessoas que não conseguem sair da casa dos pais, porque ganham pouco, nem conseguem realizar o sonho de "largar tudo e viajar", porque, afinal, não tem mais tanto emprego por aí.
Todo mundo sabe que é uma geração que transita entre o sonho e o bolso vazio. Estão mais pra crisellenials. E aí, entre uma curtida e outra no Instagram, eles pensam que não precisam mais grudar nos caras mais velhos da empresa para aprender. Afinal, "tá tudo ali no Google".
Bom, de lá pra cá, o mundo mudou umas 20 vezes. E, observado bem, acho que nem tudo está perdido.
Policio-me para não ser daqueles caras que ficam velhos e dizem que "no meu tempo era melhor por isso e isso". Mas penso que este comportamento dessa geração, que muitas vezes pareceu arrogante, também está mudando. Sinto que entenderam que dá pra ensinar aos mais velhos os "paranauês" da tecnologia, mas dá pra aprender também as manhas do mundo ao mesmo tempo. O termo já está desgastado, mas o mundo é, sim, mais colaborativo. Essa palavra tão falada, mas menosprezada pela geração que nasceu depois de 1980, agora começa a fazer sentido. Como diz meu amigo Fernando Garros: "o conhecimento não é mais exclusividade de alguém". É plural e fluido. Pertence a muitos.
O mundo não é mais preto ou branco. É uma grande tela cinza. Ou multicolorida, para ficar mais inclusivo.
Por isso, aqueles que insistem no "certo ou errado" estão perdendo a relevância. É aquele cara chato que fica defendendo o Bolsonaro ou o PT no Facebook. São os chefes à moda antiga, que querem proatividade, mas não conseguem ser contrariados. Que querem engajamento, mas não suportam delegar.
Hoje, com tudo acontecendo tão rápido, estamos todos aprendendo. Percebemos que, entre o certo e o errado, existem milhares de outras respostas. Que podem vir de um baby-boomer ou, até mesmo, de uma criança.
Sócio-diretor de Criação da Publivar/On
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