A campanha do candidato conservador à presidência da França, François Fillon, recebeu um golpe ontem, em meio a relatos de que sua mulher recebeu cerca de € 500 mil com fundos parlamentares para cargos em que seu trabalho era apenas "ficcional".
De acordo com o jornal Le Canard Enchaîné, Penelope Fillon trabalhou durante quatro anos como assessora parlamentar de seu marido, que era deputado do departamento de Sarthe. Depois, quando Fillon serviu como ministro de Jacques Chirac, em 2002, ela se tornou assistente de Marc Joulaud, seu substituto. Seus salários nesse período variaram entre € 6,9 mil e € 7,9 mil por mês, antes de impostos.
Na França, não é ilegal parlamentares empregarem seus parentes, contanto que eles tenham um emprego de fato. Filon, que tem levantado a bandeira da transparência em sua campanha, negou qualquer irregularidade.