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Estados Unidos

- Publicada em 22 de Janeiro de 2017 às 17:11

Embaixada norte-americana em Israel pode ser transferida para Jerusalém

Na Marcha das Mulheres, ativista protesta contra a possível mudança

Na Marcha das Mulheres, ativista protesta contra a possível mudança


JACK GUEZ/AFP/JC
A Casa Branca deve anunciar hoje a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, de acordo com informações da rede de notícias israelense Harutz Shtaim (Channel 2). O canal de TV citou uma fonte anônima que teria afirmado que um membro da equipe do governo de Donald Trump deve anunciar a medida em seu primeiro dia integral de trabalho como presidente norte-americano. O Harutz Shtaim, entretanto, afirmou que não recebeu confirmação da medida, e nenhum comunicado público sobre a questão foi divulgado.
A Casa Branca deve anunciar hoje a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, de acordo com informações da rede de notícias israelense Harutz Shtaim (Channel 2). O canal de TV citou uma fonte anônima que teria afirmado que um membro da equipe do governo de Donald Trump deve anunciar a medida em seu primeiro dia integral de trabalho como presidente norte-americano. O Harutz Shtaim, entretanto, afirmou que não recebeu confirmação da medida, e nenhum comunicado público sobre a questão foi divulgado.
A transferência da embaixada para Jerusalém representaria um divisor de águas na política externa norte-americana e uma medida provocativa de Trump, pois a cidade é reivindicada como capital por israelenses e palestinos. Israel anexou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, sem reconhecimento da comunidade internacional.
O republicano afirmou repetidas vezes que pretende transferir a representação diplomática, apesar dos alertas de que a medida violaria a lei internacional. Em janeiro, autoridades e fontes do Ministério de Relações Exteriores de Israel afirmaram que o próximo embaixador dos EUA poderia ficar baseado em Jerusalém, enquanto a embaixada oficial permaneceria em Tel-Aviv.
Ontem à noite, Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se falaram por telefone. Entre os assuntos discutidos em uma "conversa calorosa", segundo Netanyahu, estavam uma visita à Casa Branca em fevereiro e a expectativa de criar "uma visão em comum para os avanços da paz e da segurança na região".

Assessora diz que imposto de renda não será divulgado

Uma petição feita no site da Casa Branca na sexta-feira, para que Donald Trump divulgue seu imposto de renda, ultrapassou 200 mil assinaturas em menos de dois dias. O autor, identificado como A. D., pede que também sejam divulgadas informações para verificar se o republicano recebeu dinheiro de algum governo estrangeiro - segundo a Constituição dos EUA, essa prática é proibida sem a aprovação do Congresso. "Os conflitos econômicos sem precedentes dessa administração precisam ser expostos ao povo norte-americano", escreveu o autor.
Principal assessora de Trump, Kellyanne Conway afirmou ontem que o republicano não irá divulgar o imposto de renda, uma medida que termina com uma tradição de décadas de transparência. Desde 1976, todos os presidentes dos EUA divulgaram suas declarações. "A resposta da Casa Branca é de que ele não irá divulgá-las. Nós litigamos isso durante as eleições. As pessoas não se importaram", afirmou a assessora.

No Twitter, Trump zomba de manifestações, mas volta atrás

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma mensagem sarcástica através de seu Twitter ontem, em resposta às Marchas das Mulheres que ocorreram no sábado no país e ao redor do mundo, reunindo mais de um milhão de pessoas. O foco das manifestações era a defesa de direitos das mulheres e das minorias, em reação a comentários preconceituosos feitos pelo novo governante e a medidas contra o direito ao aborto, prometidas durante a campanha.
"Assisti aos protestos, mas fiquei com a impressão de que acabamos de passar por uma eleição! Por que essas pessoas não votaram? As celebridades prejudicam bastante a causa dos protestos", ironizou Trump.
Entretanto, horas mais tarde, o republicano voltou a escrever, desta vez com um tom mais conciliatório. "Os protestos pacíficos são uma marca registrada da nossa democracia. Mesmo que eu nem sempre concorde, reconheço o direito das pessoas de expressarem suas visões", disse.
As mensagens contrastantes marcam a primeira resposta de seu governo a manifestações. Trump usou sua conta pessoal no Twitter para postá-las. Na sexta-feira, dia da posse, o perfil oficial da presidência dos EUA (@POTUS) na rede social foi atualizado com sua foto, e todo o conteúdo relativo à administração Obama foi apagado.