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- Publicada em 22 de Janeiro de 2017 às 16:36

Polícia detém 17 suspeitos de participar de rebelião

Contêineres são usados para construir um muro para separar facções

Contêineres são usados para construir um muro para separar facções


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte anunciou que a polícia local já efetuou 17 prisões de suspeitos por envolvimento direto ou indireto na rebelião de Alcaçuz, maior presídio do estado, e também nos ataques ocorridos fora da penitenciária. Além disso, dois adolescentes foram apreendidos. Em todos os casos foram abertos inquéritos policiais.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte anunciou que a polícia local já efetuou 17 prisões de suspeitos por envolvimento direto ou indireto na rebelião de Alcaçuz, maior presídio do estado, e também nos ataques ocorridos fora da penitenciária. Além disso, dois adolescentes foram apreendidos. Em todos os casos foram abertos inquéritos policiais.
Entre os autuados estão cinco homens apontados pelas investigações como líderes da facção que teria cometido o massacre de 26 detentos na semana passada. Um suspeito é foragido da penitenciária de Alcaçuz e foi preso por roubo, e outro foi preso por tentar jogar munições para dentro do presídio. Também foram presos um suspeito que gravou e divulgou vídeo com ameaças à sociedade, e dois homens e um adolescente que planejavam ataques na cidade de Parelhas.
O estado convive diariamente com as consequências da rebelião, que já extrapolaram as paredes do presídio em Natal. Embora as tropas das Forças Armadas estejam realizando um patrulhamento ostensivo nas ruas da cidade desde sexta-feira, a capital do Rio Grande do Norte está há quatro dias sem transporte público. As empresas e os rodoviários suspenderam o serviço com medo de ataques de facções criminosas. Neste período, já são 26 ônibus e micro-ônibus incendiados no estado.
Desde o fim da tarde de quarta-feira, quando os primeiros ataques a ônibus foram registrados, os veículos não conseguem cumprir as rotas em sua totalidade. Na quinta-feira, os coletivos ainda chegaram a circular, mas todos foram recolhidos após os primeiros registros de incêndios. Na sexta-feira, no sábado e ontem, o transporte público não funcionou na capital potiguar. A alternativa para os moradores tem sido utilizar táxis e veículos escolares, que foram autorizados a fazer lotação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Norte, também não está definido o retorno dos ônibus para hoje - tudo dependerá das garantias de segurança para a realização do trabalho.
Além dos 26 ônibus e micro-ônibus, a Polícia Militar também registrou ataques a cinco viaturas do governo do estado e de prefeituras, a um caminhão, a dois carros particulares, a quatro delegacias e a três prédios públicos, em dez municípios diferentes. Não houve feridos em nenhum dos casos.
Durante o fim de semana, Alcaçuz registrou aparente tranquilidade. O Batalhão de Choque da Polícia Militar entrou novamente no local na manhã de sábado, para começar a construção de um muro de separação entre as facções criminosas dentro da prisão. Caminhões com materiais de construção, além de contêineres, que vão compor a estrutura, chegaram ao presídio na sexta-feira. 
A barreira, de acordo com o governo do estado, é uma medida temporária, até que um muro definitivo seja construído, separando os pavilhões 1, 2 e 3 (ocupados por membros do Sindicato do Rio Grande do Norte) do 4 e do 5 (dominados pelo PCC). Serão usados blocos de seis metros de altura, o mesmo nível dos muros de Alcaçuz.
Segundo o governo, há mais mortes além das 26 registradas durante a chacina. No entanto, esse número só deve ser conhecido após uma vistoria completa no presídio, o que ainda não ocorreu.
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