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Geral

- Publicada em 18 de Janeiro de 2017 às 21:48

Força Nacional desaparece das ruas de Porto Alegre

Em agosto, efetivo era visto com frequência ao lado de brigadianos

Em agosto, efetivo era visto com frequência ao lado de brigadianos


FREDY VIEIRA/JC
Suzy Scarton
Com a chegada de um efetivo de 120 policiais militares da Força Nacional em agosto, era corriqueiro avistar viaturas em ruas movimentadas da Capital. O reforço foi solicitado pelo governador José Ivo Sartori depois do assassinato de uma mulher em frente a um colégio, que também culminou na queda do antigo secretário estadual de Segurança, Wantuir Jacini. No entanto, quase seis meses depois, esse número caiu drasticamente. A redução se deu devido a pedidos de desligamento e solicitações de retorno por parte dos agentes aos estados de origem.
Com a chegada de um efetivo de 120 policiais militares da Força Nacional em agosto, era corriqueiro avistar viaturas em ruas movimentadas da Capital. O reforço foi solicitado pelo governador José Ivo Sartori depois do assassinato de uma mulher em frente a um colégio, que também culminou na queda do antigo secretário estadual de Segurança, Wantuir Jacini. No entanto, quase seis meses depois, esse número caiu drasticamente. A redução se deu devido a pedidos de desligamento e solicitações de retorno por parte dos agentes aos estados de origem.
O efetivo da Força Nacional em Porto Alegre chegou a 136 policiais. Agregados a 400 brigadianos, eles participaram da Operação Avante, criada para atuar no combate à criminalidade na Região Metropolitana. Agora, restam cerca de 70 agentes da força federal à disposição da população da cidade.
A reportagem do Jornal do Comércio percorreu as ruas da Capital por cerca de uma hora e meia ontem. Durante o trajeto, nenhum policial ou viatura foi avistado, mesmo em áreas como o Morro Santa Tereza e o bairro Bom Jesus, onde os índices de violência são considerados altos. Pontos estratégicos, como a esquina do Hospital Pronto Socorro, o Parque da Redenção e o Centro (avenida Borges de Medeiros e ruas Caldas Júnior, Siqueira Campos e Riachuelo), tampouco estavam vigiados.
Em direção à Zona Sul, a equipe do JC passou pelas avenidas Praia de Belas, Diário de Notícias, Wenceslau Escobar, Cavalhada, Otto Niemeyer e Oscar Pereira. Também circulou pelas avenidas Ipiranga, Carlos Gomes, Jardim Botânico e Protásio Alves.
A certa altura, a reportagem decidiu abordar um brigadiano que atendia uma ocorrência de trânsito. Questionado sobre onde o efetivo poderia estar, ele respondeu, categórico: "Eu também gostaria de saber". Em claro tom de descontentamento, o soldado, que não se identificou, disse que "não sabe por que eles estão aqui" e que o motivo seria "passar uma sensação de segurança", ironizando a palavra "sensação". Ainda criticou a presença da Força Nacional, defendendo a valorização da Brigada Militar.
Para o secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer, a presença do policiamento de fora é positiva, mas insuficiente. "Como eles não trabalham 24 horas, na verdade, se transformam em 20 e poucos. A presença é positiva, eles vêm com viaturas, equipamentos, têm presença ostensiva, efetividade boa, mas eu gostaria que o efetivo fosse maior. Não são os 71 que vão mudar a realidade."
Na terça-feira, o Ministério da Justiça confirmou que o efetivo na Capital será ampliado para 200 policiais em fevereiro. A medida integra o Plano Nacional de Segurança.
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