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Europa

- Publicada em 08 de Janeiro de 2017 às 16:45

May promete detalhar estratégia para o Brexit nas próximas semanas

Premiê garantiu que irá buscar um 'ambicioso' acordo comercial

Premiê garantiu que irá buscar um 'ambicioso' acordo comercial


JOHN THYS/AFP/JC
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou ontem que definirá sua estratégia para o Brexit nas próximas semanas, negando suposições de que estaria "confusa" na busca pelo que chamou de "relação correta" do Reino Unido com a União Europeia (UE). Em sua primeira entrevista no ano, May ignorou pedidos de líderes empresariais, parlamentares e da oposição por mais detalhes sobre sua estratégia para deixar o bloco econômico.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou ontem que definirá sua estratégia para o Brexit nas próximas semanas, negando suposições de que estaria "confusa" na busca pelo que chamou de "relação correta" do Reino Unido com a União Europeia (UE). Em sua primeira entrevista no ano, May ignorou pedidos de líderes empresariais, parlamentares e da oposição por mais detalhes sobre sua estratégia para deixar o bloco econômico.
"Em primeiro lugar, eu vou apresentar mais detalhes nas próximas semanas, à medida que caminhamos para ativar o Artigo 50", disse a premiê, referindo-se ao processo de saída da UE, que ela iniciará até o fim de março. O Brexit foi aprovado pelos britânicos em votação em junho, mas o início formal do processo ainda não ocorreu.
Segundo May, a questão crucial para ambos os lados do debate - priorizar o controle da imigração para a Grã-Bretanha ou o acesso preferencial ao mercado comum europeu - não se trata de uma escolha em detrimento de outra. "Acho errado olhar para isso como apenas uma questão binária, como ou você tem controle da imigração ou você tem um bom acordo comercial", disse a primeira-ministra.
Autoridades da UE afirmaram que o Reino Unido não pode ter acesso ao mercado único de 500 milhões de consumidores sem aceitar o princípio do movimento livre e alertaram May repetidamente contra tentar "escolher a dedo" as partes rentáveis da união. A primeira-ministra afirmou buscar um "acordo ambicioso", descartando a sugestão do ex-embaixador britânico para a UE Ivan Rogers, de que seu governo estava "confuso" em sua abordagem a uma das mais complicadas negociações em que o país já esteve envolvido desde a Segunda Guerra Mundial.

Onda de frio intenso deixa 20 mortos no continente

A Europa foi atingida no sábado por uma onda de frio intenso, que causou 20 mortes -17 delas na Itália e Polônia -, deixou Istambul paralisada debaixo de neve e fez os habitantes de Moscou terem o Natal ortodoxo (celebrado em 6 de janeiro) mais frio em 120 anos. Dez pessoas morreram de frio em dois dias na Polônia, onde as temperaturas caíram abaixo de 20 graus negativos em algumas regiões, anunciou o Centro de Segurança Nacional. O número de vítimas pode aumentar nos próximos dias.
Na Itália, sete pessoas morreram nas últimas 48 horas, cinco delas sem-teto, apesar das medidas de prevenção tomadas pelas autoridades. Em São Petersburgo, na Rússia, onde a temperatura caiu a - 24 graus, a polícia encontrou o corpo de um homem morto por hipotermia na noite de sexta-feira. Em Praga, autoridades anunciaram a morte de dois moradores de rua e de um guarda de estacionamento. Na capital checa, a temperatura caiu a -15 graus na madrugada de sábado.
Na  Bulgária, corpos de dois imigrantes foram encontrados congelados em uma floresta na fronteira com a Turquia. Um migrante afegão morreu na Grécia, onde as autoridades anunciaram terem realocado os refugiados em barracas de campanha com calefação.

Morre Mário Soares, considerado o pai da democracia portuguesa

Mário Soares, ex-presidente e ex-primeiro-ministro de Portugal, morreu no sábado, em Lisboa, aos 92 anos. Ele estava internado em estado grave desde 13 de dezembro. O motivo da morte não foi divulgado pelos médicos ou pela família.
Soares foi uma das figuras mais importantes da história recente portuguesa e participou de momentos-chave do país, como a fundação do Partido Socialista de Portugal e o combate ao regime de António de Oliveira Salazar, que durou de 1933 a 1974.
Em 1964, fundou a Ação Socialista, que seria o embrião do futuro Partido Socialista português. Após repetidos atritos com o regime ditatorial, foi detido 12 vezes e expulso do país. Soares, então, foi levado a São Tomé e Príncipe, na época colônia de Portugal, antes de partir para o exílio na França.
Voltou a Lisboa logo após a Revolução dos Cravos, de 25 de abril de 1974, e é creditado por ter assentado as bases do que seria o Estado Democrático Português, do qual é dito pai. Soares foi eleito premiê do país em 1976 - o primeiro governo constitucional - e em 1983. Tornou-se presidente em 1986 e governou por dez anos. Ele concorreu para um novo mandato em 2006, mas não foi eleito, e, desde então, afastou-se da política.