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- Publicada em 02 de Janeiro de 2017 às 14:25

Rebelião deixa ao menos 56 mortos em Manaus

Parentes de presos buscam informações em frente a complexo penitenciário

Parentes de presos buscam informações em frente a complexo penitenciário


Marcio SILVA/AFP/JC
Pelo menos 56 presidiários morreram em um sangrento confronto de facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM), entre a tarde de domingo e a manhã de ontem, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Apontada como a terceira maior facção do Brasil, atrás apenas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas (FDN) foi considerada responsável pelas ações que levaram às mortes. O principal motivo seria a disputa entre a FDN e o PCC e não estaria relacionado a uma rebelião, e sim a uma "limpa geral", comandada pela FDN contra integrantes da facção paulista no Amazonas.
Pelo menos 56 presidiários morreram em um sangrento confronto de facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM), entre a tarde de domingo e a manhã de ontem, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Apontada como a terceira maior facção do Brasil, atrás apenas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas (FDN) foi considerada responsável pelas ações que levaram às mortes. O principal motivo seria a disputa entre a FDN e o PCC e não estaria relacionado a uma rebelião, e sim a uma "limpa geral", comandada pela FDN contra integrantes da facção paulista no Amazonas.
O número de vítimas pode ser maior, uma vez que a Polícia Militar chegou a divulgar que 80 detentos tinham morrido no motim, que durou mais de 17 horas. O número caiu para 60 e, mais tarde, foi atualizado para 56 pelo governo estadual.
Dez agentes carcerários foram feitos reféns, mas posteriormente liberados. Os detentos do regime fechado haviam tomado a área dos presos no semiaberto após abrirem uma passagem. Outros presos também foram feitos reféns.
A FDN atua no tráfico de drogas, em especial de cocaína, na região Norte, por meio do domínio da "rota do Solimões", responsável por escoar toda a droga produzida no Peru e na Bolívia para os centros consumidores no Brasil e no exterior. Aliada do Comando Vermelho, a FDN foi alvo da Operação La Muralla da Polícia Federal em novembro de 2015. Os principais líderes da facção foram presos e transferidos para presídios federais.
Paralelamente à rebelião deste fim de semana, pelo menos 20 detentos fugiram de outra penitenciária na capital amazonense, o Instituto Penal Antonio Trindade, também na tarde de domingo - oito já foram recapturados. Na tarde de ontem, foi realizado um terceiro motim, desta vez no Centro de Detenção Provisória Masculino. Epitácio Almeida, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB do Amazonas, coordenou as negociações com os presos e trabalhou na libertação dos reféns, que foram soltos na manhã de ontem.
Esse foi um dos piores massacres em presídio no País, atrás apenas do Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela polícia. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, viajou ontem para Manaus.
 
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