Sobre o Autor
Raquel Fassini, professora da Escola Profissional Fundatec, cr�dito Arquivo Pessoal Foto: ARQUIVO PESSOAL/DIVULGA��O/JC

Raquel Fassini

professora da Escola Profissional Fundatec

Pensando fora da caixa

O Brasil bateu recorde de abertura de empresas em 2016. Sim, entre janeiro e julho, foram criadas mais de 1 milhão de novos empreendimentos, na sua maioria na categoria microempreendedor individual, de acordo com dados do Serasa Experian.
A falta de oportunidades de emprego aliada a mudanças econômicas e sociais fazem com que muitos coloquem em prática o sonho de abrir um negócio próprio. Esses dados são importantes, demonstram a capacidade criativa e inovadora do brasileiro, mas também pode acender um alerta.
Será que os novos empresários têm em mente quais são os propósitos de uma organização? Ou onde querem e planejam chegar com os seus negócios?
A falta de análise de mercado e de pessoas capacitadas para fazê-lo são entraves importantes ao desenvolvimento de um negócio. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já apontou que mais da metade das empresas fundadas no País, após quatro anos, fecham as portas. Existem inúmeros fatores que podem causar a falência, porém o maior deles é a falta de planejamento. Sempre digo: "planejamento é feito a lápis, pois será mudado". O que não muda é o objetivo estratégico.
Para as empresas já consolidadas no mercado e que observam diariamente a redução no número de clientes, o quanto estão preparadas para lidar com o aumento da concorrência? O quanto os novos empreendimentos podem impactar em negócios que já haviam conquistado seu nicho de mercado? É necessário ter um pensamento "outside of de box", ou seja, precisamos sair da caixa, da nossa zona de conforto. Com o fluxo de caixa em dia, tudo é mais fácil e, por isso, talvez os períodos de menos inovação são aqueles em que todos os negócios prosperam juntos. Mas quando surge uma crise sistêmica como vivemos atualmente (política, econômica e social), somente o exercício do olhar criativo é que pode salvar empresas. Isso faz com que aqueles que realmente precisam sobreviver busquem alternativas não convencionais - e isso é ótimo. É nesse momento que surgem novos negócios, novas formas de uso (e não apenas de consumo), novas maneiras de nos relacionarmos com o mercado. E é isso o que vai ficar de grande legado dessa atual crise. Quem souber aproveitar terá um futuro garantido.
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