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Economia

- Publicada em 31 de Janeiro de 2017 às 19:28

Desembolsos do Bndes recuam 35% em 2016

Recursos para o setor de infraestrutura tiveram queda de 53%

Recursos para o setor de infraestrutura tiveram queda de 53%


T/ABR/JC
Os desembolsos do Bndes, o equivalente aos empréstimos concedidos pelo banco, encolheram em 35% em 2016, para R$ 88,3 bilhões, na comparação com o ano anterior. É o valor mais baixo desde 2007, quando ficou em R$ 64,89 bilhões. As consultas de empresas a empréstimos recuaram em 11%, para R$ 110,39 bilhões, informou o banco nesta terça-feira.
Os desembolsos do Bndes, o equivalente aos empréstimos concedidos pelo banco, encolheram em 35% em 2016, para R$ 88,3 bilhões, na comparação com o ano anterior. É o valor mais baixo desde 2007, quando ficou em R$ 64,89 bilhões. As consultas de empresas a empréstimos recuaram em 11%, para R$ 110,39 bilhões, informou o banco nesta terça-feira.
A queda nos desembolsos foi puxada pelas grandes empresas médias-grandes e grande, com recuo de 44% e 38%, respectivamente. As micro, pequenas e médias empresas, de outro lado, registraram queda menor, de 27%. Na comparação por setor, apenas o de agropecuária avançou, com expansão de 1%. Em infraestrutura, houve decréscimo de 53%, na indústria, -18% e em comércio e serviços, menos 40%.
O recuo, explicou Fabio Giambiagi, superintendente da Área de Planejamento e Pesquisa do banco de fomento, é consequência da economia do País. "O Bndes é uma instituição que apoia o crédito. Não é uma ilha, é parte de um contexto caracterizado por dois ou três anos muito ruins e em que o banco não poderia ficar alheio como instrumento de financiamento, mantendo sua atuação", explicou.
Em 2015, o Bndes já registrara uma queda de 28% nos desembolsos, que ficaram em R$ 135,94 bilhões. Giambiagia aponta que os anos de altas taxas de juros e, por consequência, elevando endividamento das famílias, resultando em freio no consumo, afetaram o desempenho da economia e também da concessão de crédito pelo banco a empresas para investimento.
A previsão é que os desembolsos mensais, neste início de ano, sejam inferiores aos registrados em comparação ao de 12 meses antes. O superintendente não arriscou previsões para 2017.
"As variações de desembolsos mensais no fim de 2016 apontavam quedas em torno de 40%. Então, não é realista achar que vamos passar para taxas positivas de uma hora para a outra. O que se verá são taxas progressivamente menos negativas a cada mês", explicou.
O resultado do ano dependerá de em que momento a variação mensal se tornará positiva, disse ele, que estima que os desembolsos poderão ter taxa de crescimento positivo, na comparação mensal, em algum momento de 2017, mas não prevê quando isso poderia acontecer. 
"O resultado do banco este ano (em desembolsos) vai depender de quando vai acontecer essa mudança na curva de comparação dos desembolsos mensais na comparação aos de igual mês de 2016. Mas não trabalhamos com a perspectiva de retomar o patamar de R$ 100 bilhões em 2017, não seria realista", disse.
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