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conjuntura internacional

- Publicada em 24 de Janeiro de 2017 às 19:28

Plano para repatriação deve impactar o Brasil

O estilo protecionista do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve resultar em um recuo dos investimentos de empresas norte-americanas no Brasil, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luis Afonso Lima.
O estilo protecionista do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve resultar em um recuo dos investimentos de empresas norte-americanas no Brasil, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luis Afonso Lima.
É que uma das propostas apresentadas por Trump durante a campanha consiste em reduzir a tarifa cobrada sobre a repatriação de recursos no exterior, de 35% para 10%. A intenção do presidente é que empresas dos EUA que possuem operações em outros países sejam estimuladas a enviar recursos de suas filiais para a matriz. Tais recursos, que poderiam ser reinvestidos nos países onde estão as filiais, voltariam para os EUA.
"Trata-se de uma oportunidade para as empresas, não é uma questão de mercado", afirmou Lima. Ele lembra que, em 2005, quando o então presidente George W. Bush adotou uma medida semelhante, reduzido a tarifa de 35% para 5,25%, o investimento direto dos EUA no resto do mundo caiu 95%, de US$ 295 bilhões para US$ 15 bilhões. "Com o Trump, esses recursos seriam repatriados para as matrizes ao longo de 2017 e teria impacto no Brasil a partir de 2018", disse.
É difícil estimar o tamanho do impacto no Brasil, mas Lima ressalta que seria relevante. "O Brasil não é uma parte importante dos investimentos norte-americanos, mas os investimentos norte-americanos são a parte mais importante de todos os investimentos que o Brasil recebe do mundo", destacou o economista. Segundo estudo feito pela Sobeet no fim do ano passado, 21% dos estoques de investimentos recebidos pelo Brasil em 2015 vieram dos EUA.
Quanto ao câmbio, Lima acredita que, embora o real tenha sido uma das moedas que mais se valorizou em relação ao dólar desde meados do ano passado, a tendência para 2017 é de depreciação. "Talvez o real esteja apreciado em razão da diferença de taxas de juros (no Brasil e nos EUA), mas os fundamentos fiscais (brasileiros) ainda são frágeis, e a moeda norte-americana (sob o governo Trump) vai se fortalecer perante todas as moedas", disse.
O presidente da Sobeet afirmou ainda que, após a eleição de Trump nos EUA e a saída do Reino Unido da União Europeia, o mundo deve ficar atendo a outras eleições importantes em 2017, como as que vão ocorrer na Alemanha, na França e na Holanda.
 

Presidente norte-americano acelera revisões ambientais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas para avançar com a construção dos oleodutos Keystone e Dakota Access. O republicano disse a repórteres na Casa Branca que a questão estará sujeita aos termos e condições que devem ser renegociados pelo governo norte-americano.
Além disso, Trump determinou que seja acelerado o processo para revisões ambientais e aprovações de projetos no país. O então presidente Barack Obama havia desistido do oleoduto Keystone no fim de 2015. Na avaliação de Obama, o projeto prejudicaria os esforços norte-americanos para que o país cumpra um acordo global para combater as mudanças climáticas.
O oleoduto Keystone iria do Canadá até refinarias dos EUA na costa do Golfo do México. O governo dos EUA precisa aprovar a iniciativa porque ela passa pelo território do país. No ano passado, o Exército norte-americano decidiu explorar rotas alternativas para o oleoduto Dakota, após uma tribo e partidários dos indígenas argumentarem que o projeto ameaçava o suprimento de água potável e também lugares culturais dos nativos norte-americanos. Trump afirmou que atualmente os processos de revisão ambiental nos EUA são "uma confusão".

Democratas têm plano de US$ 1 tri com infraestrutura

Democratas no Senado dos EUA disseram que planejam oferecer uma proposta de gastos de US$ 1 trilhão em projetos de transporte e de infraestrutura a serem gastos nos próximos 10 anos em uma tentativa de envolver o presidente, Donald Trump, para encontrar um "terreno comum". Os detalhes do plano incluem
US$ 200 bilhões para um "fundo de infraestrutura vital" para pagar projetos de importância nacional. Um exemplo dos tipos de projetos que poderiam ser elegíveis para o financiamento no fundo é o Programa Gateway para reparar e substituir linhas ferroviárias envelhecidas e túneis entre Nova Iorque e Nova Jersey, alguns dos quais têm mais de 100 anos e foram danificados pelo furacão Sandy, em 2012. O projeto está estimado em US$ 20 bilhões.
Líderes republicanos disseram ser improvável que Trump abrace o plano democrata.