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Economia

- Publicada em 24 de Janeiro de 2017 às 19:00

Déficit do setor externo é o menor desde 2007

Gastos dos brasileiros no exterior somaram US$ 1,392 bi em dezembro

Gastos dos brasileiros no exterior somaram US$ 1,392 bi em dezembro


Antonio Cruz/ABR/JC
O Brasil encerrou 2016 com um déficit em conta-corrente de US$ 23,507 bilhões, informou ontem o Banco Central (BC). Este é o melhor resultado anual desde 2007, quando a conta-corrente do País ficou positiva em US$ 408 milhões. O déficit de transações correntes em 2016 representa 1,30% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Brasil encerrou 2016 com um déficit em conta-corrente de US$ 23,507 bilhões, informou ontem o Banco Central (BC). Este é o melhor resultado anual desde 2007, quando a conta-corrente do País ficou positiva em US$ 408 milhões. O déficit de transações correntes em 2016 representa 1,30% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na opinião do chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, o resultado mostra a magnitude do ajuste das contas externas do País nos últimos dois anos. Ele lembrou que o resultado foi o melhor desde 2007, quando houve um superávit no balanço de pagamentos.
"Essa magnitude pode ser vista na comparação com 2015 e principalmente com 2014, quando o resultado negativo foi de US$ 104,2 bilhões. Ou seja, houve uma redução de 77% em dois anos", acrescentou. "Em 2016 também houve redução significativa nos déficits, de 60% ante 2015", completou.
A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 45,037 bilhões em 2016, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 30,449 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária em US$ 41,055 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no vermelho em
US$ 16,197 bilhões.
Em dezembro, o resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 5,881 bilhões. Este déficit representa o pior resultado para o mês desde dezembro de 2014, quando somou US$ 11,654 bilhões. A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 4,203 bilhões em dezembro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 3,382 bilhões.
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 3,891 bilhões em dezembro. A saída líquida representa um volume levemente menor que os US$ 3,965 bilhões que foram enviados em igual mês do ano anterior, já descontados os ingressos.
No acumulado de 2016, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 19,408 bilhões. O resultado enviado é inferior ao registrado em igual período do ano anterior, quando as remessas foram de
US$ 20,793 bilhões. A expectativa do BC era de que a remessa de lucros e dividendos de 2016 somasse US$ 19,5 bilhões.
As despesas com juros externos somaram US$ 3,116 bilhões em dezembro, ante US$ 2,524 bilhões em igual mês de 2015. No acumulado de 2016, essas despesas alcançaram US$ 21,937 bilhões, valor semelhante aos US$ 21,913 bilhões de igual período do ano passado. Para 2016, o BC projetava pagamento de juros externo no valor de US$ 21,0 bilhões.
Segundo o BC, a conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em dezembro. No mês passado, quando o dólar recuou cerca de 4% ante o real, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 941 milhões. Em igual mês de 2015, o déficit nessa conta era de US$ 653 milhões.
O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram
US$ 1,392 bilhão em dezembro. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em
US$ 484 bilhões no mês passado. No acumulado de 2016, o saldo líquido dessa conta ficou negativo em US$ 8,473 bilhões. Em 2015, esse valor havia sido de
US$ 11,513 bilhões.
 
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