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conjuntura

- Publicada em 23 de Janeiro de 2017 às 19:13

Cenário segue pressionando intenção de consumo dos gaúchos

Baixa confiança no mercado de trabalho reduz ímpeto de comprar

Baixa confiança no mercado de trabalho reduz ímpeto de comprar


JONATHAN HECKLER/JC
A primeira pesquisa do ano revela que a intenção de consumo das famílias gaúchas caiu 15,4% (aos 62,0 pontos) em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, e recuou 4,4% no confronto com dezembro passado. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
A primeira pesquisa do ano revela que a intenção de consumo das famílias gaúchas caiu 15,4% (aos 62,0 pontos) em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, e recuou 4,4% no confronto com dezembro passado. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
"Ainda que se espere que 2017 seja melhor do que 2016, o mercado de trabalho, principal elemento a determinar a intenção de consumo das famílias, não apresentou sinais de retomada, por isso, a intenção de consumo está caindo", destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. O dirigente afirma que há outros fatores macroeconômicos que também prejudicam a intenção de consumo das famílias como os juros nominais, que apesar da queda recente, permanecem muito altos.
A baixa confiança das pessoas no mercado de trabalho é confirmada pelo resultado do indicador que mede a situação do emprego, que aos 99,3 pontos em janeiro representa uma redução de 12,1% em relação a janeiro/2016. O dado referente à situação de renda atual ficou em 49,7 pontos, com diminuição de 33,6% na comparação com janeiro/2016.
O patamar deprimido do mercado de trabalho associado à queda da renda e aos juros elevados impactou também no nível de consumo atual (aos 35,8 pontos), com queda de 28,2% na comparação com janeiro/2016. A avaliação referente à facilidade de acesso a crédito atingiu 52,5 pontos, diminuição de 26,1% sobre janeiro/2016. Segundo o dirigente, a concessão de crédito também vem sendo bastante limitada pelas instituições financeiras. Já o indicador referente ao momento para consumo de bens duráveis, aos 35,5 pontos, recuou 20,8% frente ao mesmo mês do ano passado.
Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 73,4 pontos, uma variação positiva de 1,5% sobre janeiro/2016 e de 2,2% em relação a dezembro/2016. Já as perspectivas de consumo, em 87,9 pontos, cresceram 1,1% em relação ao mesmo mês do ano passado e 12,1% na comparação com dezembro último.

Movimento do comércio varejista cai 4,1% em 2016

O movimento do comércio varejista caiu 4,1% em 2016, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. Na variação de dezembro ante novembro, com ajuste sazonal, o indicador recuou 2,3%. Em relação a dezembro de 2015, a queda foi de 0,8%.
"As dificuldades vivenciadas em nosso cenário econômico, tais como juros elevados, inflação alta, mercado de trabalho em deterioração e a consequente queda do consumo das famílias contribuíram decisivamente para retração das vendas varejistas ao longo de 2016", diz a Boa Vista em comunicado. "Contudo, com a perspectiva de desaceleração de preços e juros, um horizonte mais benigno deverá se consolidar, atingindo patamar positivo ainda no primeiro semestre de 2017", acrescenta a instituição em nota.
Em 2016, o setor com maior queda foi Tecidos, vestuário e calçados, que recuou 9,2%. Na sequência aparecem Combustíveis e lubrificantes (-5,6%), Móveis e eletrodomésticos (-5,1%) e Supermercado, alimentos e bebidas (-3,3%). O único que apresentou alta foi Outros artigos de varejo, com expansão de 0,7%.