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Agronegócios

- Publicada em 23 de Janeiro de 2017 às 18:02

Produtores de arroz agregam sustentabilidade na produção

Evento oficial que dá início à colheita no Estado acontece em fevereiro

Evento oficial que dá início à colheita no Estado acontece em fevereiro


VALMIR MENEZES/DIVULGAÇÃO/JC
A sustentabilidade das lavouras de arroz vem sendo cada vez mais incentivada pelas entidades do setor orizícola gaúcho. O tema ganhará destaque na 27ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que se realizará de 16 a 18 de fevereiro de 2017 na Estação Experimental do Arroz, do Instituto Rio Grandense do Arroz, em Cachoeirinha. Daniel Falchetti, analista de Socioecoeficiência da Fundação Espaço ECO (FEE), de São Bernardo do Campo (SP), será uma das atrações do Fórum Técnico que ocorre no dia 16 de fevereiro, onde falará sobre o tema Caminhos para a sustentabilidade na propriedade agrícola.
A sustentabilidade das lavouras de arroz vem sendo cada vez mais incentivada pelas entidades do setor orizícola gaúcho. O tema ganhará destaque na 27ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que se realizará de 16 a 18 de fevereiro de 2017 na Estação Experimental do Arroz, do Instituto Rio Grandense do Arroz, em Cachoeirinha. Daniel Falchetti, analista de Socioecoeficiência da Fundação Espaço ECO (FEE), de São Bernardo do Campo (SP), será uma das atrações do Fórum Técnico que ocorre no dia 16 de fevereiro, onde falará sobre o tema Caminhos para a sustentabilidade na propriedade agrícola.
Conforme Falchetti, a abordagem da palestra será a de explicar o conceito de sustentabilidade e como ela pode ser implementada na propriedade agrícola. Será destacado ainda como o uso correto da tecnologia, associada a outras práticas agrícolas, são importantes para melhoria do desempenho e como podem ser disseminadas, trazendo benefícios para a cadeia de valor como um todo. "O ponto chave a ser abordado é mostrar aos produtores que a sustentabilidade na propriedade rural tem a ver com gestão, boas práticas agrícolas, questões sociais, legislação e como eles podem colocar este conceito em prática com ferramentas que façam uma ampla análise de seu mercado", ressalta.
O especialista da FEE reforça que as empresas do agronegócio estão entre os principais parceiros nos 11 anos de atuação da instituição. Lembra que, segundo estatísticas, o mundo terá mais de nove bilhões de pessoas em 2050, impactando no aumento da demanda por alimentos e energia. "Com isso, será necessário implementar modelos e práticas sustentáveis, que utilizarão mais racionalmente nossos recursos naturais, reduzindo emissões, garantindo a rentabilidade do negócio e a inclusão social", enfatiza.
Falchetti avalia que a sustentabilidade precisa ser pensada de forma a abranger todos os elos da cadeia, dentro e fora da porteira e é neste momento que atuam as ferramentas de medição de sustentabilidade da Fundação Espaço ECO. "Nossos estudos mapeiam os processos e produtos, identificando e mensurando os impactos nos pilares ambientais, sociais e econômicos, formando uma base rica com uma visão sistêmica para o embasamento das tomadas de decisão. O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, enfatiza que o tema sustentabilidade foi inserido na Abertura da Colheita do Arroz para consolidar de forma correta a palavra. Ele observa que sustentabilidade é muito mais que um mero conceito ambiental, mas também econômico e social. "Se um desses pilares não funcionar, não existe sustentabilidade", disse.
 

Carga tributária é ameaça a pequenos laticínios

O ano de 2017 se inicia com grande expectativa para as pequenas e médias agroindústrias do setor lácteo. A possibilidade de aprovação da PL nº 214, que permitirá ao governo cortar em até 30% os créditos presumidos concedidos ao setor laticinista vai gerar perda de competitividade, menos investimento, menor produção e consequentemente desemprego. A advertência é da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS). Segundo o presidente da entidade, Wlademir DallBosco, outro reflexo desta política fiscal será a própria queda de arrecadação. "Se por um lado a arrecadação vai aumentar, por outro lado ela vai cair devido ao fechamento das pequenas indústrias e a retração de investimentos. A retirada dos créditos presumidos inviabiliza a produção láctea no Estado", garante.
Para o dirigente, a saída é construir, em conjunto com o governo, alternativas onde a iniciativa privada possa investir, produzir, gerar mais empregos e renda, aumentando a arrecadação. "A nossa relação com o governo do Estado é construtiva, mas não podemos arcar com medidas recessivas que irão trazer o encolhimento da economia gaúcha", afirma.
Outro aspecto que provoca o descontentamento das pequenas indústrias é o tratamento desigual frente às grandes empresas do setor lácteo, especialmente as multinacionais. Por isso, o dirigente destaca o investimento realizado pelos associados da Apil/RS em quatro anos. "De 2015 a 2018, as pequenas e médias indústrias associadas da Apil/RS investirão R$ 130,4 milhões na implantação de novas plantas, equipamentos, tecnologia, entre outros. Precisamos ter garantidas as condições necessárias, já que temos investido significativamente", revela Dall' Bosco.

Ação da SDR financia projetos de 660 pecuaristas familiares

Mais de 660 pecuaristas familiares gaúchos serão beneficiados em 2017 pelo Programa de Apoio Leite Gaúcho e a Pecuária Familiar, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). Para esta edição, houve consenso entre pecuaristas e técnicos de que os projetos devem ser executados para beneficiar associações e coletivos, e não propostas individuais. Neste ano, a SDR vai investir R$ 455 mil para a compra de equipamentos de uso na pecuária familiar. Os recursos são do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), financiados pelo Bndes.
O primeiro contrato coletivo foi assinado pela SDR com a Associação de Produtores Rurais do Xanota, de Rosário do Sul. A entidade está habilitada a receber R$ 15 mil, que devem ser aplicados na aquisição de uma balança para pesagem de bovinos e de um carregador de animais. Conforme o presidente da Associação, Luis André Sasso, os associados criam gado em uma área que perfaz 380 hectares.
"Esses equipamentos beneficiarão as operações e o manejo da pecuária familiar, seja no controle de ganho de peso, no ajuste de carga animal em seus pastos e, com certeza, no momento da comercialização", explica o secretário da SDR, Tarcisio Minetto.
O Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria é responsável pela gestão do Programa de Apoio Leite Gaúcho e a Pecuária Familiar, que recebe propostas das associações para que sejam avaliadas e, se aprovadas, contempladas pelo programa. "Este programa possibilita que os pecuaristas familiares acessem recursos fundamentais para o aumento da produção e para a sustentabilidade da propriedade", diz o diretor de Agricultura Familiar e Agroindústria da SDR, José Alexandre Rodrigues.