Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 15 de Janeiro de 2017 às 20:14

ETF de renda fixa deve chegar no primeiro semestre

Como promessa de diversificação e tributação mais simples, o ETF (Exchange Traded Funds) de renda fixa deve ser lançado no País ainda no final deste semestre. O Tesouro Nacional prepara a emissão dos títulos que deverão compor esse fundo - que será integralmente composto por títulos públicos - e lançará um edital para escolher o gestor.
Como promessa de diversificação e tributação mais simples, o ETF (Exchange Traded Funds) de renda fixa deve ser lançado no País ainda no final deste semestre. O Tesouro Nacional prepara a emissão dos títulos que deverão compor esse fundo - que será integralmente composto por títulos públicos - e lançará um edital para escolher o gestor.
Um grupo de 11 bancos já demonstrou interesse em lançar a aplicação, mas nem todos têm tecnologia necessária para comercializar o produto. "A expectativa é que haja bastante interesse no processo seletivo, mas não dá para falar no número de bancos interessados, até porque é um produto intensivo em tecnologia", afirma Leandro Secunho, coordenador da dívida pública do Tesouro.
O ETF é um fundo de investimento que espelha determinado índice e tem cotas negociadas na Bolsa. Hoje, existem no País apenas 15 ETFs, todos atrelados à renda variável. Com a turbulência política e a má fase do mercado acionário do Brasil, o produto havia perdido atratividade, mas, com a recuperação do Ibovespa em 2016, o ETF voltou ao radar.
O ETF de renda fixa aparece como opção aos fundos tradicionais, que normalmente têm altas taxas de administração e minam a rentabilidade líquida da aplicação. Como o ETF não demanda uma gestão ativa, as taxas de administração são ao redor de 0,5%, praticamente metade do usualmente cobrado. Outro ponto é a diversificação: ao comprar uma cota de um ETF de renda fixa, o investidor terá na carteira títulos com diferentes vencimentos e pode negociá-los em uma única operação.
Segundo a BM&FBovespa, o desenvolvimento dos sistemas para viabilizar o ETF de renda fixa está pronto. Para André Lassance, da XP Investimentos, se a Bolsa aceitar as cotas de ETF como margem de garantia, a atratividade do produto deverá aumentar.

Nova aplicação é discutida no Brasil desde 2013

Em discussão no País desde 2013, o ETF de renda fixa ganhou fôlego no começo de 2016, com o lançamento de um índice vinculado à inflação - o índice S&P/BM&F Inflação NTN-B - e com as regulamentações do Ministério da Fazenda e da Receita Federal em maio, que tornaram a tributação um fator de atratividade ao produto.
Ao contrário dos fundos de renda fixa, o ETF só terá come-cotas (que é a cobrança de IR sobre os rendimentos a cada seis meses) quando os juros semestrais forem distribuídos aos cotistas. Se o fundo receber os juros semestrais e reaplicá-los, não há tributação.
No resgate, também há diferenças: fundos de renda fixa e títulos do Tesouro são tributados de acordo com a tabela regressiva (quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, menor a alíquota do IR). No ETF, a alíquota varia de acordo com a média dos vencimentos ("duration") dos títulos: quanto mais longo o vencimento, menor a taxa. Com isso, o investidor pode pagar alíquota menor mesmo se vender a cota após um prazo curto.