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Conjuntura Internacional

- Publicada em 15 de Janeiro de 2017 às 21:35

País quer resgatar imagem em Davos

Encontro na cidade suíça de Davos terá como foco de debate neste ano a retomada do crescimento global

Encontro na cidade suíça de Davos terá como foco de debate neste ano a retomada do crescimento global


Fabrice COFFRINI/AFP/JC
Pela primeira vez em dois anos, o governo brasileiro vai levar ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que começa hoje, um time reforçado, visando ao resgate da credibilidade do País, perdida com o desequilíbrio fiscal, a grave e prolongada recessão e os escândalos de corrupção. Vão desembarcar nos Alpes - para eventos que reúnem a elite global, em uma semana de debates sobre os rumos e desafios da economia mundial - os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Desenvolvimento, Marcos Pereira, e de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Pela primeira vez em dois anos, o governo brasileiro vai levar ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que começa hoje, um time reforçado, visando ao resgate da credibilidade do País, perdida com o desequilíbrio fiscal, a grave e prolongada recessão e os escândalos de corrupção. Vão desembarcar nos Alpes - para eventos que reúnem a elite global, em uma semana de debates sobre os rumos e desafios da economia mundial - os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Desenvolvimento, Marcos Pereira, e de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O presidente Michel Temer também planejava ir, mas acabou desistindo para acompanhar de perto a reta final das eleições para o comando da Câmara dos Deputados. Ele também foi aconselhado a não correr o risco de ter que responder a algum questionamento sobre a legitimidade de seu governo depois do impeachment de Dilma Rousseff.
A ex-presidente nunca foi grande fã do evento. Compareceu apenas em 2014. Em 2015, representaram o Brasil o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ex-presidente do BC Alexandre Tombini. Em 2016, foi a vez do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa tentar mostrar o Brasil como um mercado interessante para investimentos. A missão não era fácil diante da desconfiança em relação à capacidade de Dilma de reequilibrar as contas públicas e retomar o crescimento.
Agora, a expectativa da equipe econômica é obter mais sucesso. Segundo interlocutores do governo, Meirelles poderá destacar em suas conversas avanços concretos, como a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fixa um teto para os gastos públicos, essencial ao ajuste fiscal. Ele também vai falar sobre as propostas de reforma da Previdência e das relações de trabalho e o recente pacote de medidas para turbinar o Produto Interno Bruto (PIB). "A mensagem é de otimismo. Há boas notícias sobre a inflação, e o governo conseguiu avançar em sua agenda de reformas do Congresso. Isso é uma perspectiva positiva", disse um integrante da equipe econômica.
Meirelles esperou até o último minuto para confirmar sua participação no fórum. Ele chegou a considerar não participar do evento por causa das negociações do acordo de ajuda financeira ao estado do Rio de Janeiro. Mas, a pedido de Temer, ele encontrou como solução ir a Davos para algumas reuniões e voltar ao Brasil mais cedo. Ele embarcou no fim de semana e retorna na quarta-feira. Na quinta, estará em Brasília para a assinatura formal do acordo com o Rio.
O principal evento na agenda de Meirelles é a tradicional reunião do Business Interaction Group on Brazil (BIG Brazil), em que autoridades do governo brasileiro se encontram com grandes investidores interessados no mercado nacional. Segundo interlocutores da área econômica, se Temer viesse a Davos, esse certamente seria um compromisso em sua agenda. Meirelles também deve participar de três eventos organizados pelo próprio Fórum, sobre reforma da Previdência, conjuntura na América Latina e sobre a relação entre América Latina e o novo governo dos EUA, com a eleição de Donald Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro, último dia do evento.
Na área de comércio, o ministro Marcos Pereira vai aproveitar para conversar com representantes de países com os quais o Brasil quer fechar acordos comerciais como México e Canadá. Ele também vai lançar as negociações entre o Mercosul e um bloco de países europeus, a Associação Europeia de Livre Comércio (composta por Noruega, Suíça, Islândia e Lichtenstein).
Rodrigo Janot também terá participação destacada, em painéis sobre corrupção nos quais certamente será abordada a Lava Jato. Ele vai participar de debate da Iniciativa Conjunta de Combate à Corrupção (Paci, na sigla em inglês) com empresários do setor de infraestrutura e desenvolvimento urbano, além de representantes do setor público de países europeus e asiáticos.
O tema do Fórum é "Liderança Responsiva e Responsável", e um dos focos de debate será a retomada do crescimento global. O evento de 2017 terá um recorde de participantes: mais de 3.000 pessoas de mais de 100 países, incluindo 1.200 CEOs e 50 chefes de Estado e de governo.

Líder do evento afirma que é importante ouvir populistas e espera ideias de Trump

O chefe do Fórum Econômico Mundial de Davos, Klaus Schwab, afirmou ontem, na véspera do início do evento, que "é importante ouvir os populistas" e que espera receber o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para que "expresse suas ideias".
Schwab disse que o fórum tem buscado chegar a políticos populistas, que têm crescido em meio a uma onda cada vez maior de descontentamento entre as massas. Mas afirmou que os organizadores sabem que a presença de Trump no evento é improvável, uma vez que o a posse do presidente eleito ocorre no último dia da conferência, na sexta-feira.
O presidente da China, Xi Jinping, está entre os chefes de Estado esperados para participar do fórum neste ano.