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Sistema Financeiro

- Publicada em 11 de Janeiro de 2017 às 18:55

Bancos estaduais do Brasil são sensíveis ao ambiente

A agência de classificação de risco Fitch afirmou, em nota divulgada ontem, que bancos estaduais do Brasil são "altamente sensíveis" à deterioração no ambiente operacional regional, o que pode ter implicações para o perfil de crédito. Segundo a agência, a informação consta em relatório que cobre Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), Banco do Estado de Sergipe, Banco do Estado do Espírito Santo e Banco de Brasília.
A agência de classificação de risco Fitch afirmou, em nota divulgada ontem, que bancos estaduais do Brasil são "altamente sensíveis" à deterioração no ambiente operacional regional, o que pode ter implicações para o perfil de crédito. Segundo a agência, a informação consta em relatório que cobre Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), Banco do Estado de Sergipe, Banco do Estado do Espírito Santo e Banco de Brasília.
"Os bancos subnacionais mantiveram um apetite por risco em 2016, similar aos pares do setor privado. O crescimento desacelerou, como resultado", afirma Jean Lopes, diretor da Fitch. Segundo ele, os empréstimos inadimplentes continuam a crescer ao longo de 2016, uma tendência que continuará em 2017 devido à recessão econômica, aos altos níveis de inflação e desemprego e ao desempenho fraco na maioria dos setores corporativos.
Uma forte presença regional e ofertas abrangentes de produtos ajudam esses bancos estaduais a competir com os bancos maiores, nacionais. Os bancos estaduais trabalham proximamente com funcionários públicos regionais e poderiam ser afetados pelas dificuldades sofridas pelas entidades controladoras no pagamento de passivos. A agência cita também que o risco continuado diante do atraso de salários em alguns estados prejudica o portfólio desses bancos.

Bradesco tem novo comando no Rio Grande do Sul

Mineiro, Joel Queiroz de Lima é funcionário da instituição há 33 anos

Mineiro, Joel Queiroz de Lima é funcionário da instituição há 33 anos


CLAITON DORNELLES/JC
Desde o início deste ano, o Bradesco conta com um novo diretor regional no Rio Grande do Sul. Administrador de empresas e funcionário da instituição há 33 anos, Joel Queiroz de Lima assume o comando da instituição no Rio Grande do Sul no lugar de Altair Naumann, que passará a coordenar as operações no Rio de Janeiro e parte do Espírito Santo.
Ontem, em visita ao Jornal do Comércio, onde foi recebido pelo diretor-presidente do JC, Mércio Tumelero, Lima se disse otimista com o que já viu no Rio Grande do Sul ao visitar cidades onde a empresa tem suas sedes regionais, caso de Caxias do Sul, Santa Rosa e Passo Fundo.
Natural de Minas Gerais, o executivo explica que o fato de o Rio Grande do Sul estar combatendo a crise interna há mais tempo do que estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro dá boas perspectivas aos gaúchos no caminho de uma solução.
"Isso sem falar, claro, da força do agronegócio no Estado e as boas perspectivas para os preços das commodities", lembrou Lima.

Executivos evitam comentar sobre planos econômicos

O encontro do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli e da Federação dos Bancos Brasileiros (Febraban), Murilo Portugal, com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para discutir a constitucionalidade dos planos econômicos, ocorreu praticamente às escuras.
Nenhum dos executivos deu detalhes sobre o teor da conversa, apenas limitaram-se a informar que tratou-se de uma visita de "cortesia" onde houve uma atualização sobre o tema "planos econômicos".
A discussão no STF sobre a constitucionalidade dos planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990, que teriam provocado perdas no rendimento das cadernetas de poupança, está parada há mais de dois anos na Corte.
O motivo inicial para a interrupção era a falta do quórum mínimo de oito ministros para análise do tema. Desde fevereiro passado, no entanto, Cármen Lúcia, que havia se declarado impedida de analisar o caso, passou a se declarar apta, depois que o pai dela desistiu de uma ação movida contra a Caixa Econômica Federal.
O julgamento dos planos econômicos no STF é um tema importante para o governo em razão do impacto no sistema financeiro. As estimativas do impacto do julgamento dos planos econômicos pelo STF variam de R$ 10 bilhões a R$ 400 bilhões, com números mais baixos ligados a instituições que defendem o interesse dos poupadores. Bancos e governo estimam os maiores números. O governo se preocupa, porque poderia haver novo rombo nas contas públicas caso a Justiça obrigue bancos oficiais a reparar prejuízos dos seus poupadores.