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Empreendedorismo

- Publicada em 10 de Janeiro de 2017 às 22:19

MPEs gaúchas devem voltar a crescer em 2017

Dirigentes do Sebrae-RS apresentaram as perspectivas para o setor

Dirigentes do Sebrae-RS apresentaram as perspectivas para o setor


FREDY VIEIRA/JC
Considerando o perfil de negócio, o ano que começa promete ser positivo para a recuperação financeira e o crescimento de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) gaúchas. A perspectiva é do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RS, Carlos Sperotto, que ontem fez um balanço sobre como se comportaram os segmentos da economia no decorrer de 2016. Segundo o dirigente, o ano que passou não foi tão ruim, porque "foi decisivo na busca de objetividade" para mudar o cenário para 2017. No entanto, Sperotto admite que, para as grandes empresas que tiverem enfrentando problemas de endividamento e ociosidade, a recuperação pode ser um pouco mais demorada.
Considerando o perfil de negócio, o ano que começa promete ser positivo para a recuperação financeira e o crescimento de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) gaúchas. A perspectiva é do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RS, Carlos Sperotto, que ontem fez um balanço sobre como se comportaram os segmentos da economia no decorrer de 2016. Segundo o dirigente, o ano que passou não foi tão ruim, porque "foi decisivo na busca de objetividade" para mudar o cenário para 2017. No entanto, Sperotto admite que, para as grandes empresas que tiverem enfrentando problemas de endividamento e ociosidade, a recuperação pode ser um pouco mais demorada.
Levantamento realizado pela entidade em nível nacional - que ouviu 256 donos de MPEs no Rio Grande do Sul, de um total de 6 mil em todo o Brasil - aponta que 69,1% dos entrevistados projetam que seus negócios irão melhorar neste ano. Já 62% dos micro e pequenos empresários consultados pretendem implementar novas medidas para estimular as vendas, e 43% deverão realizar algum investimento em melhorias. No entanto poucos se mostraram otimistas em relação à crise econômica do País: apenas 18% apostam que o Brasil supere esta fase ainda em 2017.
Durante a apresentação do balanço, o diretor-superintendente do Sebrae-RS, Derly Fialho, destacou que os itens que mais pressionaram os custos das MPEs foram impostos e taxas municipais (32%) e os custos com matéria-prima e mercadoria (18%). Segundo o gestor, entre os pilares estratégicos da entidade, o fortalecimento de pequenos negócios no Estado deverá ocorrer a partir da melhoria do ambiente para as empresas. Fialho anunciou que até março a Junta Comercial do Estado deverá estar 100% digitalizada, agilizando assim sistemas como o da Redesimples, que em 2017 deverá abranger 20 novos municípios no Rio Grande do Sul.
Também a diminuição do tempo de formalização das MPEs será um dos focos. Segundo o diretor-superintendente do Sebrae-RS, a aceleração do processo de abertura de novas empresas na Capital - que já durou mais de 200 dias - deverá mudar o cenário dos atuais 31 dias para cerca de, no máximo, 15 dias. O estímulo ao empreendedorismo e o crescimento sustentado serão os outros dois pilares estratégicos de 2017, afirmou o diretor técnico do Sebrae-RS, Ayrton Pinto Ramos.
Embora o clima seja de otimismo, Sperotto afirma que 2017 ainda será um ano de dificuldades e que "será preciso criatividade" nos negócios. Para estimular o empreendedorismo entre os gaúchos, o Sebrae-RS apostará em parcerias com escolas e instituições de ensino superior, levando o tema Educação Empreendedora para o dia a dia de estudantes e professores. A meta é beneficiar 8,5 mil alunos.

Mais de 1,7 milhão de empresas foram criadas no Brasil entre janeiro e outubro do ano passado

Nos primeiros 10 meses de 2016, foram criadas no Brasil 1.702.958 novas empresas, o maior número para o período desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Trata-se de uma quantidade 0,7% superior ao anotado entre janeiro e outubro de 2015, quando ocorreram 1.691.652 nascimentos. No mês de outubro de 2016, porém, houve queda de 1,8% nos novos empreendimentos em relação ao mês anterior: o indicador apontou a criação de 159.991 novas empresas, número menor que os 162.979 de setembro de 2016.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, apesar de o período entre janeiro e outubro de 2016 apresentar um número recorde de novas empresas criadas no País, determinado pelo chamado empreendedorismo de necessidade (com a destruição de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando à geração de alguma renda, por conta das dificuldades econômicas atuais), já é possível observar tendência de desaceleração na criação de novos negócios.
O número de novos Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos nos 10 primeiros meses deste ano foi de 1.344.539, contra 1.290.204 no mesmo período de 2015, alta de 4,2%. As Sociedades Limitadas registraram criação de 148.017 unidades, representando queda de 12,4% em relação ao intervalo anterior, quando 168.894 empresas surgiram.