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Indústria

- Publicada em 05 de Janeiro de 2017 às 18:25

Avanço na produção não impede trajetória negativa

Setor ainda opera 21,4% abaixo do pico registrado em junho de 2013

Setor ainda opera 21,4% abaixo do pico registrado em junho de 2013


T/ABR/JC
Embora a indústria tenha mostrado ligeiro avanço de 0,2% na passagem de outubro para novembro, o resultado não elimina a queda de 1,2% do mês anterior nem interrompe a trajetória negativa do setor, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora a indústria tenha mostrado ligeiro avanço de 0,2% na passagem de outubro para novembro, o resultado não elimina a queda de 1,2% do mês anterior nem interrompe a trajetória negativa do setor, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo ele, o que há de diferente no resultado de novembro é a reversão na disseminação de resultados negativos entre as atividades pesquisadas. Em relação a outubro, 13 dos 24 ramos investigados tiveram crescimento na produção, enquanto onze registraram recuo. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE.
"Embora haja predomínio de taxas positivas, há um equilíbrio entre atividades com crescimento e com queda. Esse equilíbrio dá como resultado final a indústria com ligeiro acréscimo de 0,2%", lembrou Macedo.
A produção industrial brasileira chegou a novembro de 2016 com queda acumulada de 7,1% nos 11 meses do ano. No confronto com igual mês do ano anterior (2015), série sem ajuste sazonal, o total da indústria apontou queda de 1,1% em novembro de 2016, neste caso a 33ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde o resultado de março de 2014: -0,4%.
O indicador acumulado em 12 meses também reduziu o ritmo de queda ao fechar com recuo de 7,5%, contra os menos 8,4% relativos a outubro.
Os dados do IBGE indicam que a indústria, no indicador acumulado para os 11 meses imediatamente anterior, vem reduzindo o ritmo de queda desde julho do ano passado, quando a taxa fechou com queda acumulada de 9,5%, resultado 0,2 ponto percentual inferior aos -9,7% de junho. A queda acumulada em 12 meses voltou a cair 0,2 ponto em agosto (-9,3%) e em setembro (-8,7%).
Apesar da ligeira melhora registrada na passagem de outubro para novembro, a indústria brasileira ainda opera 21,4% abaixo do pico de produção registrado em junho de 2013.

Atividade de veículos foi destaque

A produção industrial avançou em 13 dos 24 ramos pesquisados na passagem de outubro para novembro de 2016, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE. O destaque foi o avanço de 6,1% registrado pela atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias.
A produção de automóveis impulsionou o resultado de bens de consumo duráveis no período (4%), enquanto que a maior fabricação de caminhões puxou a alta nos bens de capital (2,5%), apontou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
"A alta na produção industrial tem relação direta com o aumento de veículos automotores, seja porque várias empresas aumentaram sua produção, seja porque uma empresa importante normalizou seu funcionamento após um período de paralisação", contou Macedo.
Em bens de capital, houve ainda influência do aumento na fabricação de máquinas e tratores agrícolas. "Tem relação direta com investimentos e expectativa de uma safra maior para este ano", justificou o pesquisador.
Segundo Macedo, embora os veículos automotores tenham sido o grande destaque positivo da indústria em novembro, a base de comparação depreciada ajudou o resultado como um todo. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional foram das indústrias extrativas (1,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,6%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,4%), de produtos de minerais não metálicos (2,2%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,2%).
Na direção oposta, entre os 11 ramos que reduziram a produção em novembro ante outubro, o desempenho de maior impacto foi de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 3,3%. Outras perdas relevantes foram registradas em perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-1,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,1%), outros equipamentos de transporte (-5,7%), produtos alimentícios (-0,3%) e produtos de metal (-1,6%).