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Consumo

- Publicada em 05 de Janeiro de 2017 às 18:04

Endividamento fecha com 15 meses de alta

No mês passado, percentual de pessoas com contas em atraso ficou em 26,7%, indicou a Fecomércio-RS

No mês passado, percentual de pessoas com contas em atraso ficou em 26,7%, indicou a Fecomércio-RS


MARCOS NAGELSTEIN/ARQUIVO/JC
O ano de 2016 encerrou com alta no nível de endividamento das famílias gaúchas, percentual que chegou a 70,7%, elevando-se na comparação com o mesmo período de 2015 (67,8%). Mais uma vez, a alta atingiu com maior força os grupos de pessoas com renda mensal de até 10 salários-mínimos.
O ano de 2016 encerrou com alta no nível de endividamento das famílias gaúchas, percentual que chegou a 70,7%, elevando-se na comparação com o mesmo período de 2015 (67,8%). Mais uma vez, a alta atingiu com maior força os grupos de pessoas com renda mensal de até 10 salários-mínimos.
O resultado está na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira pela Fecomércio-RS. Com o resultado consolidado de dezembro, o endividamento emplaca o 15º mês consecutivo de alta na comparação interanual.
A Peic revela que o percentual de famílias com contas em atraso, bem como as que não terão condições de pagar suas dívidas vencidas nos próximos 30 dias também sofreram aumento. "A famílias continuam sendo impactadas pela conjuntura econômica restritiva que reduz o poder de compra e estimula a inadimplência", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo ele, esse cenário dificulta condições para a saída da situação de inadimplência.
A pesquisa indica que a parcela da renda comprometida com dívidas permaneceu estável em dezembro/2016, em 32,1%, assim como o tempo de comprometimento da dívida no período de 12 meses, que ficou em 7,6 meses. O cartão de crédito ainda é o principal meio de endividamento dos gaúchos, apontado por 82,2% dos entrevistados, seguido por carnês (16,2%), financiamento de veículos (16,2%) e cheque especial (15,3%).
O percentual de famílias com contas em atraso em dezembro/2016 ficou em 26,7%, contra 26,5% verificados em dezembro/2015. "A explicação para o elevado percentual de famílias com contas em atraso vem de um número expressivo de pessoas desocupadas, com impacto significativo sobre a renda dessas famílias", destacou Bohn.
O índice de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas no horizonte de 30 dias atingiu 13,1% em dezembro/2016, alta na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de 9,7%. "O número de famílias com dificuldades de sair da situação de inadimplência tem ficado cada vez maior", destacou o presidente da Fecomércio-RS, lembrando que a perspectiva de permanência nessa situação alcançou o 4º mês consecutivo de alta na comparação interanual.
 

Inflação para brasileiros de baixa renda encerra ano de 2016 em 6,22%, segundo a FGV

O IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários-mínimos, fechou 2016 com uma taxa de 6,22%. A taxa é inferior aos 11,52% de 2015, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IPC-C1 ficou, no entanto, acima dos 6,18% registrados pelo IPC-BR (Índice de Preços ao Consumidor - Brasil), que mede a inflação para todas as faixas de renda. Entre os grupos de despesas analisados pelo IPC-C1, as maiores taxas de inflação de 2016 vieram de despesas diversas (11,21%), saúde e cuidados pessoais (9,73%) e educação, leitura e recreação (8,88%). Os alimentos tiveram inflação de 7,1%; e os transportes, de 7,8%. As menores taxas foram observadas em habitação (2,9%), comunicação (3,1%) e vestuário (3,59%).