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Economia

- Publicada em 02 de Janeiro de 2017 às 18:10

Focus prevê taxa de juros de 10,25% no fim de 2017

Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) no relatório Focus elevaram ligeiramente as projeções para a inflação em 2017, mas apostam em queda mais acentuada dos juros neste ano: acreditam que a taxa Selic, referência no Brasil, chegará a dezembro em 10,25%. Há uma semana, a taxa esperada era de 10,5%.
Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) no relatório Focus elevaram ligeiramente as projeções para a inflação em 2017, mas apostam em queda mais acentuada dos juros neste ano: acreditam que a taxa Selic, referência no Brasil, chegará a dezembro em 10,25%. Há uma semana, a taxa esperada era de 10,5%.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acontece no próximo dia 11. A expectativa é de corte de 0,5 ponto percentual, levando a taxa a 13,25%, com a ata dando indicações de que a autoridade monetária se inclina a uma maior flexibilização da política monetária - ou seja, com a possibilidade de cortes mais acentuados, diz Bernardo Gonin, economista da Rio Gestão de Recursos. "O Focus costuma ser um pouco atrasado, então creio que a aposta (em queda maior dos juros) ainda se deve a melhores números de inflação corrente e números muito fracos de atividade."
Para Alvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais, a previsão de corte mais profundo nos juros se deve ao comportamento dos preços dos alimentos em queda mais acentuada e também à desaceleração prevista em serviços. "Provavelmente ainda alterem as novas revisões para baixo, já que a expectativa é de maior convergência da inflação para o centro da meta", afirmou. "Também mudou um pouco o quadro para a próxima reunião, onde crescem as expectativas de corte para 0,75%, em vez de 0,50%."
Relatório da Coinvalores, assinado pela analista-chefe, Sandra Peres, destaca que a redução das estimativas para a Selic pelo mercado está relacionada à crença "numa postura mais expansionista na política monetária diante da vagarosa recuperação da atividade econômica e limitação da política fiscal do País".
O IPCA deve ficar em 4,87% em 2017, afirmaram os economistas. Há uma semana, a projeção era de 4,85%. Porém a estimativa já foi maior: há quatro semanas, a taxa esperada era de 4,93%. Para o fechamento de 2016, a pesquisa indicou expectativa de IPCA em 6,38%, abaixo dos 6,40% anteriormente estimado. A taxa vem em queda contínua: antes, era esperado índice de 6,69%.
O Top 5 - que reúne as cinco instituições que mais acertam -, contudo, aponta uma ligeira elevação na taxa de 2017: o IPCA iria para 4,91%. Uma semana antes, eles esperavam 4,9%. Para 2016, a previsão é que o ano feche em 6,36%, mesmo índice apontado uma semana antes. "O próximo IPCA será importante (para determinar os rumos da política monetária)", diz Gonin. "No IPCA-15 vimos uma menor pressão de serviços. A questão é se a tendência se mantém."
As previsões para o dólar saíram de R$ 3,50, na semana anterior, para R$ 3,48, na pesquisa concluída na última quinta-feira. O Top 5 também vê a cotação em R$ 3,50 em dezembro, valor que se mantém há quatro semanas.
Quanto ao crescimento econômico, as expectativas se mantêm estáveis - da semana passada para esta - em 0,5% em 2017, após um recuo mais marcante: há um mês, a projeção era de 0,8%. A previsão também ficou estável para o fechamento de 2016: deve ser de recuo de 3,49%. Há quatro semanas, a previsão era menos pior, de 3,43%.
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