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Aviação

- Publicada em 17 de Janeiro de 2017 às 16:31

Embraer entrega mais jatos do que o esperado

Linha de produção segue preparando novas aeronaves; carta de pedidos firmes soma US$ 19,6 bilhões

Linha de produção segue preparando novas aeronaves; carta de pedidos firmes soma US$ 19,6 bilhões


EMBRAER/DIVULGAÇÃO/JC
As aeronaves executivas entregues pela Embraer no quarto trimestre de 2016 - ao todo, foram 43 jatos nesse segmento, sendo 25 leves (Phenom 300) e 18 grandes (seis Legacy 450, nove Legacy 500, um Legacy 650 e 2 Lineage 1000E) - foram o destaque do resultado divulgado na semana passada pela companhia, de acordo com especialistas de mercado.
As aeronaves executivas entregues pela Embraer no quarto trimestre de 2016 - ao todo, foram 43 jatos nesse segmento, sendo 25 leves (Phenom 300) e 18 grandes (seis Legacy 450, nove Legacy 500, um Legacy 650 e 2 Lineage 1000E) - foram o destaque do resultado divulgado na semana passada pela companhia, de acordo com especialistas de mercado.
A Embraer encerrou 2016 com 225 entregas de aeronaves, sendo 108 de aviação comercial e 117 executiva, dos quais 73 jatos leves e 44 jatos grandes. Com esses números, a companhia afirma ter atingido as metas para o ano. A faixa estimada era de 105 a 110 jatos comerciais e, no segmento de aviação executiva, de 70 a 80 jatos leves e de 35 a 45 grandes.
Ao final de dezembro, a carteira de pedidos firmes a entregar ("backlog") somava US$ 19,6 bilhões. A Embraer informa ainda que o total de entregas em 2016 configura o maior volume dos últimos seis anos.
"O ano de 2016 foi de grandes desafios na indústria aeroespacial devido a incertezas econômicas e políticas em âmbito global. Em resposta a essa conjuntura, a Embraer está implementando ações importantes e fazendo ajustes para deixar a empresa bem posicionada em todos os segmentos em que atua", afirma o diretor-presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, por meio de nota.
Segundo ele, no segmento de jatos executivos, já se pode observar um aumento da presença de jatos executivos de maior porte, "o que indica um mix mais equilibrado". No quarto trimestre a companhia entregou 75 unidades, das quais 32 jatos comerciais e 43 executivos (25 leves e 18 grandes).
A companhia destaca nesse período a entrega do E-Jet de número 1.300 para a Tianjin Airlines, da China; o início das operações de E170 na Rússia com a S7 Airlines, que assinou um acordo com a GE Capital Aviation Services (Gecas) para o leasing de 17 jatos E170 usados; e um contrato com a United Airlines para 24 jatos E175, transferindo aeronaves que estavam alocados para a Republic Airways Holdings na carteira de pedidos da Embraer.
Já na aviação executiva, o destaque do quarto trimestre, segundo a empresa, foi a canadense AirSprint, que recebeu os dois primeiros Legacy 450 dos 12 anunciados em julho.
Em comunicado, a Embraer cita ainda avanços na área de Defesa & Segurança, como o Certificado de Tipo Provisório para o Veículo Básico recebido pelo cargueiro KC-390, emitido pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), da Força Aérea Brasileira. Também em novembro, a Embraer inaugurou, em parceria com a Saab, o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen, em Gavião Peixoto (SP).

Companhia vende E-2 para a Escandinávia

Wideroe comprou 15 jatos da família de aviões comerciais

Wideroe comprou 15 jatos da família de aviões comerciais


EMBRAER/DIVULGAÇÃO/JC
A Embraer assinou contrato com a Wideroe, empresa aérea da Escandinávia, para a entrega de 15 jatos da família E2. O valor potencial do negócio pode atingir US$ 873 milhões e foi incluído no backlog do quarto trimestre de 2016.
Segundo comunicado da empresa, enviado à imprensa, foram três pedidos firmes do E190-E2 e direito de compra de mais 12 aeronaves da família E2. "Essa combinação flexível de direitos de compra para E175-E2, E190-E2 e E195-E2 dará à Wideroe a capacidade de crescer a sua frota com uma família de aeronaves de 80 a 130 assentos, a tamanho adequado para atender às necessidades do mercado", informou a empresa, por meio de nota.

Analistas destacam segmento executivo

O mix de aeronaves executivas entregues pela Embraer no quarto trimestre de 2016 foi o destaque do resultado divulgado pela companhia, de acordo com especialistas de mercado. Em relatório, o analista Stephen Trent, do Citi, destaca que as entregas de jatos executivos ficaram acima das estimativas do banco, que esperava 41 aviões nesse segmento. "Como um todo, o mix de vendas nessa categoria foi mais forte que o esperado, com entregas de aeronaves de cabine média/larga mais concentradas no Legacy 450/500."
Trent ainda lembra que, com as 32 aeronaves comerciais entregues entre outubro e dezembro do ano passado (26 E175, três E190 e outras três E195), a Embraer entregou, ao todo, 75 aviões no último trimestre do ano e, assim, cumpriu o guidance para o ano.
No segmento comercial, a companhia entregou 108 aeronaves - as projeções apontavam para uma faixa entre 105 e 100 aviões. No segmento executivo, foram 73 jatos leves (guidance entre 70 e 80) e 44 jatos grandes (estimativas entre 35 e 45).
"A administração mencionou que os estoques ficariam acima do normal no quarto trimestre, mas que isso se normalizaria em 2017. Isso implica que a Embraer pode entregar aeronaves num ritmo maior que a produção em 2017", diz o analista - o Citi espera que a companhia entregue 223 jatos em 2017, ante 225 em 2016.
Também em relatório, os analistas Derek Spronck e Walter Spracklin, do RBC Capital Markets, avaliam que as entregas no trimestre ficaram levemente acima do esperado. "As entregas comerciais ficaram relativamente em linha, com um impacto levemente negativo por parte do mix, mais concentrado no E175, de menor margem", dizem. "No entanto, o mix foi melhor no segmento executivo, com um crescimento forte no Legacy 450/500."
Segundo o RBC, com o cumprimento do guidance de entregas em 2016, a companhia está bem posicionada para atingir as metas financeiras para o ano.
No segundo trimestre deste ano, a empresa informou que espera encerrar 2016 com uma receita líquida entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,2 bilhões - no acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a receita soma US$ 4,189 bilhões.
Quanto ao Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o guidance da Embraer aponta para uma faixa entre US$ 735 milhões e US$ 840 milhões (US$ 507,2 milhões nos primeiros nove meses do ano), com margem oscilando entre 12,7% e 13,5% (12,1% até setembro). Já o Ebit deve ficar entre US$ 405 milhões e US$ 500 milhões (US$ 253 milhões no fim do terceiro trimestre), com margem entre 7% e 8% (6% em setembro).
Já Felipe Vinagre, Daniel Magalhães e Pablo Barroso, do Credit Suisse, destacam que, apesar de as entregas de jatos executivos no quarto trimestre terem ficado abaixo do resultado verificado no mesmo período de 2015, quando 45 jatos foram entregues (uma queda de 4%), essa retração foi menos intensa que em trimestres anteriores.
Em relatório, os analistas do Citi lembram que, no segundo trimestre, a queda nas entregas executivas chegou a 21% na base anual, enquanto no terceiro trimestre a retração foi de 17%. "Assim, achamos que os dados são um destaque positivo em meio a um ano difícil para a divisão."