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Empresas & Negócios

- Publicada em 31 de Janeiro de 2017 às 17:54

Voluntariado estimula aptidões

Entrevista com Márcia Cavalcante, diretora executiva da Ong Cirandar

Entrevista com Márcia Cavalcante, diretora executiva da Ong Cirandar


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Nicole Feijó
Imagine a oportunidade de contribuir com uma organização focada em comunidades carentes fazendo o que você sabe fazer de melhor. É essa a proposta do programa de voluntariado criado pela ONG Cirandar, pensando em quem deseja fazer o bem para a sociedade de alguma forma, mas ainda não sabe como nem por onde começar.
Imagine a oportunidade de contribuir com uma organização focada em comunidades carentes fazendo o que você sabe fazer de melhor. É essa a proposta do programa de voluntariado criado pela ONG Cirandar, pensando em quem deseja fazer o bem para a sociedade de alguma forma, mas ainda não sabe como nem por onde começar.
Quem se inscrever pode selecionar em que área quer atuar entre ação cultural, gestão cultural, comunicação, captação de parceiros ou outras, caso alguém queira ajudar de forma diferente. O programa está dividido em três etapas permanentes, partindo do cadastro.
Depois da inscrição, são realizadas formações para que os cadastrados compreendam o que é uma ação voluntária, como usar talentos para trabalhar em diferentes segmentos e prepará-los para a terceira e última etapa, que são as ações nas comunidades. O programa tem duração de três anos, portanto, todas essas etapas acontecem constantemente e não há prazo para se inscrever.
Há oito anos, o Cirandar desenvolve ações que promovem a integração social, formação e cultura. A atuação está dividida em três frentes, sendo a primeira e maior delas a democratização do acesso ao livro e à leitura. Com bibliotecas comunitárias, a instituição incentiva crianças e jovens a fortalecerem o hábito de ler. A instituição trabalha com uma rede de nove bibliotecas em Porto Alegre, sendo duas delas construídas pela organização, uma localizada na Ilha Grande dos Marinheiros e outra na Vila Chocolatão.
Nesses locais, acontecem rodas de histórias, saraus, eventos literários, empréstimos de livros e seminários. A segunda linha de trabalho é o fortalecimento institucional do terceiro setor, com formação de outras entidades sociais, cursos de comunicação e gestão. Já a última frente está relacionada com a cultura popular, com um estúdio móvel de gravação pelo qual já passaram 200 bandas.
Desde a sua formação, a ONG conta com a parceria do Instituto C&A, que disponibiliza funcionários para ações voluntárias nas comunidades, principalmente na mediação de leitura para crianças e jovens. Atualmente, cerca de 80 voluntários do instituto atuam nas comunidades onde o Cirandar está. Agora, o instituto é o principal apoiador do programa de voluntariado e, durante a segunda etapa do programa, irá disponibilizar aproximadamente 20 voluntários para contribuir, com todos os anos de experiência com ações voluntárias, na formação dos cadastrados.
A equipe do Cirandar é composta por cinco pessoas e mais 12 voluntários frequentes, entre escritores e professores. O programa pretende mobilizar, no prazo de três anos, 500 pessoas, além de reunir aproximadamente 100 voluntários nas atividades dentro das comunidades.
A expectativa é realizar pelo menos três ações comunitárias e dois encontros de formação por semestre. "Essa fase de cadastro é fundamental para nós, pois ela vai nos ajudar a construir um plano de trabalho de acordo com o número de interessados", avalia Márcia Cavalcante, diretora executiva da ONG.
Na biblioteca Chocolatão, o Cirandar reúne perto de 2 mil livros. Já na Ilha Grande dos Marinheiros são aproximadamente 1,2 mil. O acervo de literatura infantil, juvenil e adulta foi formado por meio de compras e doações de empresas, pessoas físicas e editoras. Uma das visitantes mais frequentes da biblioteca da Vila Chocolatão é Sara Evelyn de Souza, que, aos 11 anos, já leu mais de 100 livros. "Este ano, ela migrou do infantil para o juvenil. Agora, está lendo mais ou menos cinco livros por semana", comenta Rafaele de Quadros, mediadora de leitura na comunidade. 
Além de rodas de leitura e atividades relacionadas, ela atende crianças de educação infantil de uma escola da comunidade e leva os alunos até a biblioteca. "Às vezes, uma escola faz um bom trabalho sobre cuidado e educação, mas não sobre leitura", destaca Márcia. O cadastro no Programa de Voluntariado deve ser feito pelo site do Cirandar (http://bit.ly/2kMQMXo) por meio de um questionário, que inclui desde áreas de interesse até disponibilidade para colaborar.
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