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Palácio do Planalto

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 16:46

PSDB discute repactuação do apoio ao governo federal

A cúpula do PSDB começa a discutir com o presidente Michel Temer (PMDB) uma nova repactuação do apoio do partido ao governo federal, incluindo a elaboração de um minipacote de medidas na área econômica para acalmar a área social e reaquecer a geração de empregos.
A cúpula do PSDB começa a discutir com o presidente Michel Temer (PMDB) uma nova repactuação do apoio do partido ao governo federal, incluindo a elaboração de um minipacote de medidas na área econômica para acalmar a área social e reaquecer a geração de empregos.
Esse reposicionamento, entretanto, não é condicionado à confirmação do acordo firmado com o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), para a nomeação do líder Antônio Imbassahy (BA) para a Secretaria de Governo.
Segundo dirigentes tucanos e peemedebistas, Temer queria anunciar a nomeação de Imbassahy somente em fevereiro, depois do recesso e da eleição da Mesa da Câmara, para não afrontar líderes do Centrão. Mas com o agravamento da crise e notícias sobre setores do PSDB que estariam pregando um desembarque, pode ser que Temer antecipe o anúncio.
O presidente afirmou que está disposto a nomear Imbassahy ministro da Secretaria de Governo. Quer, antes de oficializá-lo, no entanto, costurar melhor esta indicação com os partidos que integram o "centrão", grupo que reúne PP, PSD, PR, PTB, entre outros, e que forma a base aliada.
"O PSDB é o partido mais patriota da base. Nunca vai fazer a loucura, que alguns poucos líderes do centrão fizeram, de dizer: ou Temer faz nossa vontade, ou não votamos a reforma da Previdência. Agora, o Aécio e o Aloysio foram lá hoje (ontem) para dizer a Temer que não é possível continuar assim, que ele tem que se impor e parar com esse vai e volta. E não é pelo bem do PSDB, é pelo bem do seu governo", diz um dos dirigentes tucanos.

Maia pede que STF decida sobre impeachment de Temer

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pediu ontem que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a decisão do ministro Marco Aurélio, que determinou a instalação de uma comissão destinada a analisar o impeachment do presidente da República, Michel Temer (PMDb). A decisão do ministro foi tomada há oito meses, mas os líderes partidários não indicaram os representantes da comissão. Na semana passada, Marco Aurélio enviou um ofício a Rodrigo Maia para questionar a falta de instalação da comissão.
Em petição enviada ao Supremo, Maia pediu rapidez na decisão da Corte. "Levando em conta o elevado ônus institucional acarretado pela instauração de procedimento destinado a autorizar a abertura de processo de impeachment em desfavor do presidente da República, e considerando que a medida liminar deferida completa oito meses de vigência, esta presidência solicita o apoio de Vossa Excelência, em havendo possibilidade, levar a matéria a julgamento do pleno desse tribunal até o encerramento deste ano judiciário", disse o presidente.
Em abril, o ministro determinou ao então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abertura de processo de impeachment contra Temer. Após a decisão, Cunha enviou ofício aos líderes partidários solicitando a indicação dos membros da comissão do impeachment de Temer, mas alguns partidos não indicaram os nomes, e a comissão não foi instalada.

Líderes do centrão não querem interferência em eleição

Líderes do "centrão", bloco de cerca de 200 deputados da base do governo, cobram do presidente Michel Temer (PMDB) uma manifestação de que o Planalto não irá interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em fevereiro.
A cobrança veio depois que o próprio Temer voltou a negociar a ida do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para a Secretaria de Governo, no lugar de Geddel Vieira Lima (PMDB).
Parlamentares do grupo argumentam que, sem uma declaração de Temer, a leitura que se faz é que a escolha de Imbassahy, pré-candidato a presidente da Câmara, significa apoio do Planalto à recondução do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"O governo tem que governar. Não pode ficar refém de nenhum grupo. Mas o manual da política diz também que o diálogo é o melhor entendimento em uma possível crise", disse o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), um dos pré-candidatos do centrão à presidência da Câmara.
Em reserva, alguns líderes do grupo ameaçaram boicotar o minipacote de medidas econômicas que o governo quer apresentar até o final deste ano caso o Planalto confirme Imbassahy como ministro sem esta conversa com a base.
Apesar de o presidente Michel Temer ainda não ter detalhado as medidas para "facilitação do crédito", interlocutores que estiveram com o presidente no domingo disseram que alguns pontos dependem de aprovação do Congresso.
Na semana passada, o grupo já havia ameaçado retaliar a reforma da Previdência, o que levou Michel Temer a reavaliar a indicação do tucano da Bahia.
Após a reticência do peemedebista, que chegou a dizer que Imbassahy iria para o governo somente "no momento oportuno", Michel Temer se reuniu com o tucano neste domingo.
Ontem, Temer conversou com Aécio Neves (MG) e com o governador Geraldo Alckmin (SP) para bater o martelo.