Após o anúncio, na semana passada, do atraso no pagamento do 13º dos servidores municipais, a prefeitura deve apresentar, nesta semana, o calendário para quitar o valor atrasado. Segundo o prefeito José Fortunati (PDT), um comitê especial foi formado no Executivo para discutir as possibilidades. A equipe do prefeito eleito Nelson Marchenzan Júnior (PSDB) não participará das discussões. Mesmo assim, há a possibilidade de o 13º ser quitado apenas em 2017, já na gestão do tucano.
A escolha pelo atraso do pagamento do 13º, segundo o atual prefeito, se deu para priorizar a quitação da folha salarial de dezembro. "Não por uma vontade política, mas porque a prefeitura não tem recursos para fazer o pagamento de duas folhas no mês de dezembro", afirmou. Segundo o pedetista, caso a antecipação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ocorresse, não seria necessário atrasar parte da remuneração do funcionalismo.
"Consultei Marchezan, e ele, em um primeiro momento, havia concordado com a antecipação da cobrança do IPTU. Isso permitiria que eu viesse a ter as condições tranquilas para fazer o pagamento dos servidores e dos principais fornecedores. O prefeito eleito, depois, fez um pedido formal para que não houvesse", destacou Fortunati.
A prefeitura também está impossibilitada de pedir empréstimos para quitar os salários, recurso já utilizado pelo governo estadual, pois não pode gerar ônus para a próxima gestão. A folha de pagamento mensal da prefeitura é de R$ 147 milhões, com o acréscimo do 13º, chega a aproximadamente R$ 300 milhões.
Nas redes sociais, Marchezan se manifestou sobre o assunto. "A situação que vamos encontrar é bastante pior do que a gente esperava na campanha. Talvez pior que a situação do Rio Grande do Sul", afirmou o novo prefeito.