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Opinião

- Publicada em 15 de Dezembro de 2016 às 17:57

Porto Alegre e os diversos desafios do novo prefeito

Uma cidade com avanços e problemas, à espera de um novo prefeito. Entusiasmado, o eleito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) fala de um novo modelo de administração. É apenas um começo.
Uma cidade com avanços e problemas, à espera de um novo prefeito. Entusiasmado, o eleito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) fala de um novo modelo de administração. É apenas um começo.
Ninguém pode ignorar a crise financeira que se abateu sobre o Brasil, no rastro da paralisia internacional em termos de negócios. O ápice das exportações nacionais de commodities agrícolas e de minérios amealhou reservas internacionais em torno de US$ 350 bilhões, até 2013.
Mas isso acabou, e o atual superávit comercial é fruto muito mais da queda das importações de insumos para a indústria em quase todos os seus ramos do que de robustas vendas ao exterior.
Talvez, por isso mesmo, o primeiro secretário municipal a ser anunciado foi justamente o da Fazenda, o que cuida das receitas e despesas do município.
A penúria financeira chegou em Porto Alegre, e o quase não pagamento do 13º aos servidores municipais e o atraso em outras rubricas é a prova cabal e irretorquível do problema.
Agora, com a Justiça determinando o pagamento integral e no prazo do que é devido aos servidores da Capital, a antecipação do IPTU torna-se indispensável.
No entanto, na primeira quinzena de janeiro haverá o repasse da cota do município no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que abrandará as dificuldades para o novo prefeito.
A cidade perdeu em torno de
R$ 100 milhões em 2016, quanto à participação no ICMS, além de menor retorno no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no rastro da crise financeira que arrasou com o Rio Grande do Sul.
O outro secretário já revelado é o da Saúde, onde promessas do novo alcaide trazem muita esperança no atendimento ainda mais amplo. A saúde preocupa, mas a prefeitura reafirmou o compromisso de que o setor terá uma atenção jamais antes vista na cidade.
O transporte público ganhou agilidade com os novos ônibus, mesmo com a grande quantidade de veículos que entram em circulação todos os meses e que somam, agora, em torno de 800 mil unidades na Capital.
A segurança, ou a falta dela, nos entristece, ainda mais quando pessoas jovens tombam por balas de pessoas sem um pingo de humanidade na mente e no coração. Por nada, um bem material e o efeito da droga, este mal do século XX e que invadiu o século XXI da pior maneira possível.
Para priorizar essas áeras, o prefeito da Capital a partir de janeiro anunciou corte ou enxugamento de secretarias e de autarquias, com vistas à modernização e para uma menor despesa corrente, além da necessária agilidade operacional.
Porém, tudo deve ser feito sem açodamento, ou muito do que tem funcionado por décadas poderá sofrer uma indesejável solução de continuidade.
Serviços urbanos essenciais, como abastecimento d'água, limpeza e varrição, recolhimento de lixo e seu destino, pavimentações, esgotamento pluvial, recolhimento e ordenamento de tributos pela Fazenda, tudo bem organizado ao lado da educação e da saúde a cargo do município é o que se deseja.
Interessa é planejamento e muita economia, mas sem prejudicar o fundamental para os porto-alegrenses. Um crédito de confiança será dado ao novo prefeito, até mesmo porque ele foi escolhido em eleições disputadas.
Enfim, o que se almeja é que 2017 não seja tão ruim como as previsões indicam.
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